Por causa de surto de tuberculose, gestantes estão impedidas de entrar. Estado diz que a situação na unidade vai voltar ao normal na quarta-feira.
Com visita proibida, mulheres fazem protesto em penitenciária de MT
Um grupo de cerca de 30 mulheres fez uma manifestação em frente à Penitenciária Central do Estado, em Cuiabá, na manhã deste domingo (13) porque gestantes e crianças estão impedidas de entrar para ver os presos desde a última quarta-feira (9), por conta da Operação Legalidade, da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) do estado. O objetivo é separar os detentos provisórios dos condenados, e os que estão com doenças transmissíveis, como a tuberculose.
As manifestantes, que estava, com faixas e cartezes, também disseram que os presos estão sofrendo maus-tratos na unidade. "Estão humilhando, jogando spray de pimenta neles. Tiraram tudos que eles tinham. E agora estão impedindo as visitas das gestantes e das crianças lá dentro, sendo que nós somos a família dos presos. E as gestantes e crianças são imunizadas contra tuberculose", disse a dona de casa Ana de Andrade, que participou do protesto.
De acordo com o superintendente de Gestão Penitenciária de Mato Grosso, Gilberto Carvalho, a penitenciária abriga 1.950 presos. Desse total, 97 estão com tuberculose. Ele disse que os detentos que estão com a doença já estavam em tratamento, mas misturados aos que não estavam doentes. Com a Operação Legalidade, eles foram separados.
"Os que foram diagnosticos com tuberculose foram colocados em um outro módulo, novo, que facilita o tratamento dos casos", declarou. Segundo Carvalho, a previsão inicial era que a operação terminasse nesse final de semana, retomando assim a normalidade das visitas das gestantes e crianças, o que não ocorreu.
"Tivemos algumas situações, chuva, movimentação dos presos. Mas, na próxima quarta-feira as visitas já estarão liberadadas", assegurou. O superintendente negou que os presos estivessem sofrendo qualquer tipo de maus-tratos.
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