Palestinos exigem investigação internacional de cortes na internet
Um ministro palestino anunciou nesta quarta-feira que reclamará uma investigação internacional depois de um ataque de hackers que provocou na terça-feira a queda dos serviços de internet na Cisjordânia e na faixa de Gaza.
Os palestinos solicitarão à UIT (União Internacional das Telecomunicações), uma agência da ONU, que investigue o ataque coordenado, segundo o ministro das Comunicações, Mashur Abu Daqqa.
"Foi um ataque organizado, obra de um Estado", afirmou. "Está claro que este ataque buscava apagar o nome da Palestina da internet em represália pela admissão à Unesco".
O serviço de internet voltou a funcionar nesta quarta-feira quase normalmente, apesar de alguns problemas continuarem na transmissão, segundo o diretor da companhia palestina de telecomunicações, Abdel Majid Melhem.
UNESCO
Na segunda-feira, a Palestina se tornou membro pleno da Unesco durante uma votação nominal na 36ª Conferência Geral do órgão, em Paris. A resolução foi aprovada com 107 votos a favor, 52 abstenções, e 14 votos contrários, entre eles de Israel, Alemanha e Estados Unidos.
Para conceder o status de Estado-membro à Palestina, a Unesco precisava do voto favorável de dois terços dos 193 países representados na votação.
A condição anterior dos palestinos era de membro observador. A solicitação de mudança de status é parte da batalha diplomática empreendida pelo povo árabe para que sejam reconhecidos como Estado, o que culminaria em sua tentativa de ingressar na ONU.
A agência é a primeira da organização em que os palestinos buscaram integração como membro total desde que o presidente da ANP, Mahmoud Abbas, entrou com o pedido de assento na ONU, em 23 de setembro. Os palestinos se preparam agora para apresentar um pedido de ingresso na OMS (Organização Mundial da Saúde), segundo o ministro da Saúde da ANP, Fathi Abu Moghli.
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