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Nacional
Quarta - 02 de Novembro de 2011 às 14:50

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O grupo de estudantes que invadiu o prédio da reitoria da USP (Universidade de São Paulo) na madrugada desta quarta-feira (2) fazia uma fogueira por volta das 6h para interditar a via em frente à reitoria. A informação foi confirmada pela Polícia Militar de São Paulo.


A invasão ocorreu após uma assembleia de estudantes, que decidiu pela desocupação do prédio da FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas) na noite de terça (1º), que havia sido invadido no dia 27. O ato foi um protesto dos alunos contra a presença da PM no campus.

Insatisfeito com o resultado dessa votação, um grupo saiu do prédio da FFLCH e se dirigiu à reitoria. Alguns dos estudantes carregaram pedaços de madeira, e não queriam a aproximação da imprensa.

A Polícia Militar estava no local, mas não havia registro de confronto com os alunos. A manifestação permanecia pacífica.

Antes da assembleia, Aníbal Cavalli, da diretoria do Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP) explicou que o grupo havia exigido a quebra do convênio entre o Estado de São Paulo e a USP para retirar a polícia do campus para que a FFLCH fosse desocupada.

Na tarde de terça-feira (1º), cerca de cem estudantes fizeram um protesto a favor da permanência da Polícia Militar no campus. A ação teve início às 17h e aconteceu na praça do Relógio, na Cidade Universitária, zona oeste da capital.

De acordo com a assessoria de imprensa da USP, o protesto foi pacífico. Outro grupo de estudantes, contrário à permanência da corporação no local, fez a assembleia para discutir os novos rumos da manifestação no início da noite de ontem.

PM na USP

O convênio que permite que a Polícia Militar atue dentro do campus da USP durará pelo menos cinco anos. O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, disse que a Polícia Militar realiza um trabalho “eficiente” dentro do campus.

- A Polícia Militar está há mais de 50 dias fazendo policiamento para proteger todos na universidade: professores, funcionários, alunos, visitantes, numa missão pacífica e que tem trazido bons resultados.

A universidade informou que o convênio com a polícia foi decidido pelo conselho após o assassinato do estudante Felipe Ramos de Paiva, da FEA (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade), e que foi "aprovada pela ampla maioria dos representantes da comunidade acadêmica".

Conflito

O impasse entre os alunos e a Polícia Militar começou no dia 27 de outubro. Centenas de universitários teriam se reunido em frente às viaturas em que estavam três estudantes supostamente flagrados com maconha, para evitar que eles fossem detidos.

De acordo com os estudantes, “a polícia continuou irredutível e chamou reforços”, o que teria provocado o confronto que terminou com uso de gás lacrimogênio, spray de pimenta, bala de borracha e uso de cassetetes, por parte da PM.

A Polícia Militar informou que, por conta do confronto, três policiais militares ficaram feridos e cinco viaturas foram danificadas pelos estudantes da USP. Os jovens presos foram levados para o 91º Distrito Policial (Ceagesp), onde iriam assinar um termo circunstanciado antes de serem liberados.

Em nota divulgada na sexta-feira (28), os alunos afirmaram que a decisão de ocupar o prédio da FFLCH foi tomada por cerca de 500 alunos. Ainda não houve um posicionamento formal sobre a invasão à reitoria desta quarta.




Fonte: Do R7

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