Estado nunca daria conta de fazer desapropriações para BRT, diz Riva
Um dos principais defensores da escolha do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), o presidente da Assembleia, José Riva (PSD), insinuou que a definição pelo modal vem se mostrando cada vez mais acertada. A estimativa do custo total da obra é de R$ 1,1 bilhão e o Legislativo autorizou, no final de setembro, o Estado a contrair empréstimo na Caixa Econômica Federal de R$ 740 milhões para a implantação do VLT em Cuiabá e Várzea Grande. O projeto do Bus Rapid Transit (BRT), que já tinha sido aprovado pelo governo federal, tinha custo total de pouco mais de R$ 400 milhões.
Apesar da diferença de valores, Riva defende, que, além de ser o melhor modal, as obras do BRT provavelmente não seriam concluídas a tempo. “Imagine que o Governo está achando difícil fazer a desapropriação de uma propriedade. Com o BRT seriam 1,3 mil. Se é difícil desapropriar, para o VLT, 20% disso, imagina para o BRT. Seria inexequível, o Estado nunca daria conta de sair disso”, avaliou o parlamentar.
Ele ressalta que o processo, que deveria ter sido iniciado pelo Governo no começo do mês, é complicado. “Não basta chegar para o proprietário e dizer que ele está sendo desapropriado por determinada quantia. É preciso fazer uma avaliação profunda e conversar com cada um. É muito fácil dar valor à propriedade do outro, difícil é ele aceitar”, comentou.
Riva ainda esclarece que o alto custo do modal escolhido se deve, principalmente, às obras de infraestrutura que serão necessárias para sua implementação. “Eu tenho um orçamento que mostra que é possível fazer o VLT com menos de R$ 700 milhões, a discussão é que nós temos que agregar a isso os valores que serão necessários para alargar algumas avenidas e mexer com a questão elétrica, por exemplo”, defendeu
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