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Educação/Vestibular
Terça - 01 de Novembro de 2011 às 02:39
Por: Welington Sabino

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A Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) aprovou a oferta de sobrevagas e de reserva de vagas para estudantes negros pobres, brancos pobres e indígenas. A medida já vale para o processo seletivo de 2012, o qual vai disponibilizar 50% das vagas para as políticas afirmativas de cotas. Deste total, 30% será destinado aos alunos da rede pública de ensino e outros 20% para os alunos que se declarem e comprovem ser negros, índios ou outras raças que a política de cotas vai contemplar. A decisão foi tomada em votação entre os 48 conselheiros do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe) que durou cerca de 6 horas.

O assunto que já havia sido pauta de reuniões e eventos promovidos no decorrer do mês de outubro entre defensores e contrários à proposta, foi aprovado durante votação que teve início às 13h30, durante sessão do Consepe. Debates sobre o tema foram promovidos por estudantes e docentes da universidade (Adufmat) antes da aprovação dessa política afirmativa.

Membro do Diretório Central dos Estudantes (DCE), o estudante Alexandre Santaella comemorou a decisão. Para ele a decisão é bastante positiva e vai promover uma questão social e econômica entre os estudantes. Ele lembra que o assunto vinha se arrastando há oito anos, já que em 2003 foi aprovado uma resolução que nunca entrou em vigor.

“Quando estudantes da rede pública e negros são inseridos em cursos concorridos onde a predominância é de alunos da rede particular, isso vai mudar seu contexto social, ele será visto com outros olhos entre seus familiares e amigos”, diz Santaella ao lembrar que dos 80 estudantes que ingressaram no curso de Medicina em 2011 apenas 2 tinham vindo da rede pública.

O tema chegou a ser colocado em discussão pelo Consepe no último dia 2 de outubro, mas o representante do Instituto de Educação pediu vistas e adiou a votação. Membros do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Universidade Federal de Mato Grosso (Sintuf) também comemoraram a decisão, já que o sindicato sempre foi favorável à implantação das cotas, tanto para alunos oriundos da rede pública quanto para os estudantes enquadrados em alguma das situações de cota racial.





Fonte: Do GD

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