Julgamento de médico de Jackson chega à última testemunha

O julgamento do médico de Michael Jackson, Conrad Murray, por homicídio culposo do cantor, foi retomado nesta segunda-feira, entrando nas etapas finais depois de cinco semanas de testemunhos para elucidar como ocorreu a morte do astro, há dois anos.

O promotor David Walgren interrogou a testemunha da defesa, o médico Paul White, que disse na sexta-feira que Jackson causou sua própria morte ao injetar em si mesmo o potente sedativo propofol enquanto Murray estava fora do quarto.

Walgren iniciou seu contrainterrogatório perguntando a White detalhes do ocorrido, entre eles se foi um erro Murray não ter guardado um histórico médico de Jackson antes de sua morte, no dia 25 de junho de 2009.

Também perguntou a White quanto dinheiro recebeu por sua declaração em defesa de Murray. O respeitado anestesista disse que até agora foram US$ 11 mil, mas afirmou que esperava receber mais.

Depois do testemunho de White, espera-se que a acusação e a defesa deem seus argumentos de encerramento antes que o júri de sete homens e cinco mulheres se retire para considerar seu veredicto.

Embora muitos observadores considerem remotas as chances de Murray escapar de um veredicto de culpabilidade, depois de quatro semanas de implacáveis testemunhos apresentados pela promotoria, a defesa tem a esperança de fazer uma apelação final que sirva em sua causa.

Murray enfrentará até quatro anos de prisão se for declarado culpado de homicídio culposo pela morte de Jackson, causada por uma "intoxicação aguda de propofol" em Los Angeles, onde o cantor ensaiava para uma série de shows em Londres.

A promotoria afirma que Murray, que recebia um salário mensal de US$ 150 mil por seus serviços, matou Jackson ao administrar um coquetel mortal de medicamentos para ajudar o cantor a dormir, sem controlá-lo por todo o tempo.

A defesa tentou apresentar Jackson como um viciado em drogas desesperado, que terminaria se suicidando com uma overdose acidental com ou sem a ajuda de Murray.