Maninho nega articulação da Câmara para cassação de ex-prefeito
O presidente da Câmara de Várzea Grande Maninho de Barros justifica que a denúncia que resultou na cassação definitiva do mandato do ex-prefeito Murilo Domingos, apesar de já ter sido feita anteriormente e arquivada na ocasião, só agora o prazo de análise expirou, obrigando os parlamentares a apreciarem o documento. "Essa denúncia já tinha sido feita por outra pessoa, só que passou o prazo porque ficou muito tempo parada", diz. O curioso é que os vereadores que aprovaram a cassação do republicano no último dia 20 são os mesmos que optaram por arquivar a denúncia na época.
Desta vez, a denúncia foi feita pelo ex-procurador do município, o advogado Antônio Carlos Kersting Roque. O ex-prefeito perdeu seu mandato com 12 votos e uma abstenção, do vereador João Madureira, por não se desligar da empresa Irmãos Domingos dentro do prazo legal no período de campanha eleitoral.
Coincidência ou não, o presidente e o prefeito Tião da Zaeli se filiaram recentemente ao PSD. Nos bastidores há rumores de que Maninho tenha trazido essa denúncia para apreciação dos vereadores para beneficiar Tião. Com a perda de mandato de Murilo, o novo prefeito se titulariza no cargo. Maninho, por sua vez, nega os boatos e explica que esta foi uma decisão tomada em conjunto pelos vereadores. “ Não tem nada a ver não, inclusive temos 7 na bancada”, afirma.
O vereador Antônio Cardoso (PSD) chegou a insinuar que a demora na cassação de Murilo foi devido à vontade política e por conta de interesses pessoas dos demais parlamentares. Ele ainda chegou a lembrar que na época uma Comissão Processante foi instalada para apurar as denúncias de improbidade administrativa contra o ex-prefeito, mas acabou emitindo relatório dizendo que não havia provas suficientes para o afastar da cadeira.
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