Os negociadores que trabalham na formação de um novo governo na Bélgica confirmaram ontem que chegaram a um acordo para que o país abandone a energia nuclear a partir de 2015, embora não tenham divulgado um calendário para o fechamento das centrais.
Após dois dias de discussões intensas, os negociadores, sob a liderança de Elio Di Rupo - presidente do partido socialista francófono encarregado de formar o futuro governo, e provável premier a partir de novembro -, confirmaram um princípio de acordo para o fechamento das sete centrais nucleares que funcionam no país, como previa uma lei de 2003.
O novo governo irá elaborar, em um prazo de seis meses a partir de sua posse, um projeto que permita substituir as centrais nucleares por novas fontes de energias renováveis. O debate sobre o futuro da energia nuclear foi retomado na Bélgica após o acidente em Fukushima, no Japão, em março passado.
Em 2003, sob a pressão dos partidos ambientalistas então presentes no governo, o Parlamento belga decidiu pelo fechamento progressivo, entre 2015 e 2025, dos sete reatores nucleares em funcionamento no país.
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