De acordo com os primeiros dados oficiais, o primeiro-ministro do Quirguistão, Almazbek Atambayev, teria conquistado com maioria absoluta as eleições presidenciais deste domingo, que tiverem várias denúncias de irregularidades. O candidato governista teria obtido 61,36% dos votos com 5% de cédulas apuradas, segundo a Comissão Central Eleitoral (CEC). A vitória de Atambayev evitaria a convocação de um segundo turno, mas outros candidatos disseram que não aceitarão o resultado.
Meia hora após o fechamento dos colégios, os principais candidatos da oposição denunciaram "graves irregularidades" e colocaram em dúvida o processo eleitoral. O candidato Kubatbek Baibólov enumerou entre as irregularidades os votos repetidos, o censo errôneo e o transporte em massa dos eleitores aos colégios eleitorais. Em resposta às denúncias, o CEC culpou os próprios eleitores de não terem se inscrito em tempo no censo.
Alguns candidatos exigiram a criação de uma comissão independente que revise os resultados da votação, e anunciaram que estão dispostos a unir suas forças e enfrentar o primeiro-ministro em um eventual segundo turno. As irregularidades no censo também foram denunciadas pelos observadores internacionais da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE), que notaram lacunas nas listas de eleitores em praticamente todos os colégios eleitorais de Bishkek que tinham visitado ao longo da manhã.
Inclusive o filho da presidente interina do Quirguistão, Rosa Otunbáyeva, não encontrou seu nome no censo do colégio eleitoral onde votava habitualmente, já que foi erroneamente registrado em outro colégio de uma área da cidade que nem sequer conhecia. O Quirguistão tenta escolher seu terceiro presidente após proclamar a independência da União Soviética e derrubar seus dois antecessores, Askar Akayev e Kurmanbek Bakíev. Mais de 1,8 milhões de eleitores, 60,28% do total, votaram neste domingo, de acordo com a CEC.
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