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Internacional
Domingo - 30 de Outubro de 2011 às 19:57

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Os parlamentares ultraconservadores contrários ao presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, apresentaram neste domingo uma nova proposta para interrogá-lo na Câmara Legislativa após ter sido negada nesta mesma semana outra semelhante por falta de apoio.

A proposta, assinada por 73 dos 290 parlamentares, foi recebida neste domingo pelo presidente interino do Parlamento iraniano, Mohammad Reza Bahonar, e supera 25% das assinaturas necessárias para convocar Ahmadinejad a uma sessão de controle, equivalente a uma censura.

A proposta anterior foi apresentada com 100 assinaturas, mas negada nesta mesma pela retirada de 31 assinaturas, ficando abaixo dos 25% exigidos pela Constituição.

Um grupo de parlamentares ultraconservadores, que no início da sessão apoiou Ahmadinejad, se tornou seu maior adversário dentro do regime e acusa os aliados do presidente de "desvio" e de questionar a soberania do poder religioso no sistema.

A maioria dos parlamentares se uniu ao líder da Câmara, Ali Larijani, uma das principais figuras políticas do país e agora adversário de Ahmadinejad, para formar o grupo dos "principalistas", uma ala mais conservadora, que afirma defender a essência do regime islâmico.

Os "principalistas" pretendem se unir em uma só frente para ocupar as 310 cadeiras que esperam eleger nas próximas eleições legislativas, que acontecerão em março de 2012, antes das presidenciais, previstas para 2013.

Alguns deputados e outros políticos da oposição a Ahmadinejad, também considerado ultraconservador, destacam que poderiam ser usadas recentes declarações do líder supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, nas quais afirmava que, "no futuro" a Constituição poderia ser mudada para passar de um regime presidencialista para parlamentar.

Para estes políticos, o presidente poderia ser deposto, por meio de uma eleição popular e direta, para que o Parlamento nomeasse um primeiro-ministro, que teria uma dependência maior do legislativo e do poder religioso, dirigido pelo líder supremo, que supervisiona toda a atividade política e judicial no regime teocrático iraniano.

Ao mesmo tempo em que volta a pedir o comparecimento de Ahmadinejad ao legislativo, o Parlamento convocou os ministros da Economia e de Energia para interrogá-los e julgar sua gestão em propostas de censura que devem ser avaliadas nos próximos dias.





Fonte: Terra

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