O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) deve entrar com ação na Justiça pedindo o afastamento do presidente do Metrô, Sérgio Avelleda, por suspeita de irregularidades na licitação para a ampliação da Linha 5-Lilás, que liga o Capão Redondo ao Largo 13 e deve se estender até a estação Chácara Klabin, da Linha 2-Verde. Avelleda disse que seguiu o edital, segundo o qual uma mesma empresa não poderia ganhar todos os lotes da obra. "Se anulo o contrato sem prova de que ele deve ser anulado, as empresas que já tinham contrato assinado poderiam processar o Estado e travar uma nova obra como essa por anos e anos a fio", justificou. As informações são do SPTV.
As obras foram iniciadas em junho de 2009. Em outubro daquele ano, a Folha de S.Paulo divulgou documento mostrando que o jornal sabia, seis meses antes da divulgação do resultado, quem seriam os vencedores da licitação para concorrência dos lotes 3 a 8. O então governador Alberto Goldman suspendeu as obras e pediu uma investigação. Em junho deste ano, porém, as obras foram retomadas e os contratos, mantidos. O parecer técnico de uma perita convocada pelo MP-SP afirma que, consideradas as propostas de menor preço, a economia seria de cerca de R$ 327 milhões. O MP-SP deve pedir o ressarcimento dos valores. Avelleda afirma que todas as decisões tomadas foram legais. O Metrô emitiu nota na qual informa que "irá defender sua posição na Justiça" e pondera que a recomendação do MP-SP "não é ordem judicial, mas apenas a consolidação da opinião de seus representantes a partir da investigação que fizeram".
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