Os adversários não devem ter entendido nada quando viram Sandro Viana posicionado como segundo homem do revezamento 4x100 m do Brasil, que conquistou o ouro nesta sexta-feira nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara. Normalmente o atleta escolhido para fechar a prova, o amazonense recebeu o bastão de Ailson Feitosa e rapidamente abriu larga vantagem sobre a concorrência, entregando em posição confortável para Nilson André, o terceiro da ordem brasileira.
"A gente vem, com o Brasil, tentando sempre fazer o elemento surpresa. Como a gente foi campeão no último revezamento (Pan do Rio de Janeiro, em 2007) e eu fui o homem que fechou, eles (adversários) acharam que ia apenas se repetir. Então a gente fez justamente por isso, eles esperavam no fim e eu corri no miolo da prova", explicou o velocista.
Sandro também afirmou que sua excelente parcial, fundamental para o ouro brasileiro, já era esperada por ele. Correndo contra os atletas rivais posicionados em segundo na ordem de prova, o objetivo do atleta era justamente abrir vantagem e tranquilizar os dois últimos do revezamento, Nilson André e Bruno de Barros.
"Eu percebi que, quando eu peguei o bastão, o povo gritou muito, e percebi que tinha me deslocado bastante na frente. É uma característica minha essa velocidade lançada que é altíssima, mais de 40 km/h. Essa era minha intenção, abrir vantagem lá para que o resto do revezamento pudesse correr tranquilo", declarou o experiente corredor de 34 anos - que deixa o Pan de Guadalajara com apenas uma medalha conquistada em quatro provas, mas sem ressentimentos: "isso (ouro no revezamento) vai marcar minha história".
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