De acordo com o diretor executivo das Indústrias Sucroalcooleiras de Mato Grosso (Sindalcool-MT), Jorge dos Santos, a expectativa é que a sobra do combustível evite o aumento de preço para o consumidor durante o período em que não há colheita nos campos, que deve acontecer a partir de janeiro até meados de março de 2012. Segundo ele, o aumento do volume está relacionado as oscilações constantes do valor do etanol cobrado nas bombas do estado.
Conforme dados alevantados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço do produto para o consumidor final variou 40% somente nos últimos quatro meses, passando da média de R$ 1,49 para R$ 2,02 o litro. Consequentemente, o consumo do produto em Mato Grosso diminuiu 18% nos primeiros oito meses deste ano, passando de 267,1 milhões de litros para 219,7 milhões de litros.
A queda no consumo refletiu na produção, que ficou 3,5% menor, passando de 540 milhões de litros para 560 milhões de litros. Por outro lado ele avisa, que somente o estoque de passagem em excesso não é garantia de que os consumidores pagarão menos pelo produto. “Não podemos esquecer da relação de mercado, da oferta e demanda, e do que acontece em São Paulo, onde se concentra boa parte das indústrias sucroalcooleiras do país”.
O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Gás Natural e Bicombustíveis de Mato Grosso (Sindipetroleo), Aldo Locatelli, acredita que a redução do consumo do etanol não aumentou a procura pela gasolina. “O preço dos dois produtos aumentaram. O consumidor está evitando sair de carro”. Conforme ele, a tendência para as próximas semanas é que a concorrência entre as revendedoras reduza o preço do combustível no estado.
Comentários