Cerca de 5,1 bilhões de pessoas das 7 bilhões que formam a população total do planeta Terra não possuem uma proteção social nem um programa de seguridade social, enquanto apenas 15% dos desempregados recebem algum benefício econômico, afirmou o relatório.
Em um momento em que muitos países ocidentais estão reduzindo os benefícios sociais, um comitê de especialistas de alto nível liderados pela ex-presidente do Chile Michelle Bachelet pediram que na cúpula do G20, que será realizada na semana que vem em Cannes, seja discutida a ampliação das proteções sociais.
"Se garantirmos que as pessoas prosperem, construiremos um país mais pacífico e estável", disse Bachelet na coletiva de imprensa de apresentação do relatório, intitulado "Proteção Social para uma Globalização Justa e Inclusiva".
A presidente Dilma Rousseff e o presidente francês, Nicolas Sarkozy, estão entre os líderes que apoiaram o relatório, segundo um comunicado divulgado pela Organização Internacional do Trabalho, uma agência da ONU.
"Construir uma base de proteção social em cada país levará tempo", disse Sarkozy, que será o anfitrião da cúpula do G20 em 3 e 4 de novembro.
"Não podemos impor aos países mais pobres os níveis e sistemas sociais dos mais ricos. Mas deve haver progressos", completou.
Dilma disse que o Brasil "está comprometido a implementar a base de proteção social" e afirmou que o trabalho de Bachelet, que se tornou chefe da agência da ONU para as mulheres, influenciará as políticas sociais ao redor do mundo.
Comentários