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Internacional
Quinta - 27 de Outubro de 2011 às 15:56

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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou nesta quinta-feira que o acordo alcançado pela União Europeia para enfrentar a crise da dívida do euro significa uma "base essencial" para resolver o problema.

Em um breve comunicado divulgado pela Casa Branca, Obama indicou que os Estados Unidos esperam agora "o desenvolvimento completo e a rápida implementação" do plano, e expressa o apoio de Washington aos países europeus em seus esforços para resolver a crise.

"Damos boas vindas às importantes decisões tomadas na noite passada pela União Europeia, que significam uma base essencial para uma solução exaustiva da crise na zona do euro", apontou o presidente norte-americano.

"Continuaremos apoiando a União Europeia e nossos aliados europeus em seus esforços para enfrentar esta crise, enquanto colaboramos para apoiar a recuperação global e para que possamos voltar ao trabalho", acrescentou.

As declarações de Obama foram divulgadas após anúncio desta quinta-feira feito pelo presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, ao fim de oito horas de discussões, sobre o acordo alcançado durante a cúpula da zona do euro para solucionar a crise.

O acordo diz respeito a um plano de ação com três principais linhas: sobre a solução do problema da dívida da Grécia, sobre o fundo europeu de resgate e sobre o aumento da liquidez de bancos.

ENTENDA OS OBJETIVOS PRINCIPAIS DO ACORDO

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REDUZIR A DÍVIDA GREGA

Intenção: diminuir a dívida pública grega dos atuais 150% do PIB para 120% até o fim desta década

Como pretendem fazer: negociar com os bancos desconto de 50% no valor dos títulos gregos; o valor acertado anteriormente era de 21%

Dúvidas: a primeira é que a negociação será voluntária, ou seja, os bancos não serão obrigados a aceitar, logo não se sabe qual a aceitação do mercado e o que ocorrerá com quem não aprovar. Outra questão é como será feita a reestruturação da dívida, como os bancos vão receber o dinheiro ao final. Finalmente, uma dívida de 120% do PIB é suficiente para acalmar os investidores? Pelos parâmetros de hoje, ela seria a terceira maior da zona do euro

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RECAPITALIZAR BANCOS

Intenção: reduzir o impacto da renegociação da dívida grega no balanço das instituições financeiras para que o crédito na região não seque

Como pretendem fazer: os bancos devem receber injeção de capital de € 108 bilhões

Dúvidas: as autoridades não deixam claro de onde virá esse dinheiro para os bancos

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IMPEDIR QUE A CRISE SE ESPALHE

Intenção: conter a crise para que ela não fique ainda mais grave especialmente na Itália e na Espanha (terceira e quarta maiores economias da zona do euro, respectivamente)

Como pretendem fazer: ampliação do Fundo Europeu de Estabilização Financeira, com a expectativa que investidores privados também façam parte

Dúvidas: a primeira é o montante, já que números não foram divulgados. Comenta-se que ele vai saltar de € 440 bilhões para € 1 trilhão. A segunda é se vão conseguir atrair investidores como a China e fundos soberanos do Oriente Médio ou se, no final, o FMI e os governos europeus é que vão garantir a elevação. Para terminar, esse dinheiro será suficiente caso Itália e Espanha necessitem das garantias?

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Fonte: EFE com Agências de Notícias

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