Transporte escolar de Várzea Grande estão em péssimas condições
“Acidente com o ônibus escolar em Várzea Grande era uma tragédia anunciada”. A afirmação é da presidente da subsede do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) de Várzea Grande, Maria Aparecida Cortez com relação ao acidente ocorrido no dia 21 de setembro. De acordo com o relato das vítimas, a causa do acidente foi um pneu que estourou.
Segundo a sindicalista, o pneu desse mesmo ônibus havia estourado no dia 20,” provavelmente por estar velho”. O veículo atendia várias escolas da rede estadual e sofreu o acidente próximo à Escola Estadual Nadir de Oliveira, ferindo crianças e motorista. “O fato de não ter vítimas fatais não significa que a situação deva ser banalizada,” alerta Cida Cortez.
De acordo com a presidente da subsede de Várzea Grande, um relatório sobre as atuais condições dos ônibus escolares do município será apresentado pelo Conselho Municipal do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), órgão responsável pela aprovação dos recursos destinados ao Programa de Transporte Escolar.
Diante da série de reclamações, inclusive das próprias crianças, a subsede tentou agendar várias audiências com a Secretaria Municipal de Educação. “Este ano, por cinco vezes, solicitamos uma audiência com a Secretaria para tratar das condições dos ônibus, mas não houve nenhuma providência,” relata Cida Cortez.
Depois dessas tentativas frustradas, o Conselho Municipal do Fundeb solicitou um relatório à Secretaria Municipal de Transporte Urbana (SMTU) sobre as condições dos ônibus de Várzea Grande. “O relatório apresentou itens básicos que faltam nos ônibus como cinto de segurança, motoristas sem carteira de habilitação e veículos sem licença para circular”, informa Cida Cortez.
Ainda de acordo com a sindicalista, a ausência de um controle na entrada dos alunos também é um dos problemas do transporte escolar. “O motorista não tem controle de quem é ou não estudante, o que gera problemas como depredação dos veículos e violência.” O atraso do transporte igualmente faz parte do rol de reclamações dos alunos.
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