A Polícia Federal do Rio de Janeiro aguarda depoimento do presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) até o fim desta semana para explicações sobre crime de suborno e lavagem de dinheiro da empresa Sanud, dirigida pelos irmãos Teixeira, Ricardo e Guilherme.
Em contato com o Terra, a entidade governamental confirmou a investigação, aberta após um pedido de Marcelo Freire, procurador da República da vara criminal, que suspeita da evolução patrimonial da família. Informações específicas sobre o andamento do caso, no entanto, serão mantidas em sigilo até a conclusão do processo.
Guilherme Teixeira já foi ouvido pela Delegacia de Crimes Financeiros, dirigida pelo delgado Vítor Pubel, mas o teor das explicações não foi divulgado. A Polícia Federal, que teria inicialmente 90 dias para concluir as investigações - iniciadas no último dia 17 de outubro -, também não respondeu se haverá necessidade de estender o prazo.
A Sanud seria uma porta de entrada para dinheiro remetido ilegalmente ao Brasil. A empresa, de propriedade de Ricardo (Guilherme é procurador do grupo) teria absorvido US$ 9,5 milhões (cerca R$ 16,7 milhões) no caso de pagamento de propina da extinta ISL, acusada subornar integrantes da Fifa em troca de privilégios no contrato de televisão da Copa do Mundo. Os documentos que comprovariam os subornos podem ser solicitados pela Justiça do Brasil.
Ouvido pelo Terra, no último dia 17 de outubro, o diretor de comunicação da CBF, Rodrigo Paiva, não quis comentar o assunto e alegou que o inquérito trata de acontecimentos ocorridos há 20 anos, que já foram analisados e resolvidos.
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