Test-drive: Mercedes C 180 Coupé mostra na pista a pegada esportiva
Bancos traseiros acomodam duas pessoas com conforto; acabamento agrada (Divulgação)
Primeiras impressões
Com a configuração dos bancos traseiros do C 180 em forma de concha, com apoio de braço central, não é possível levar mais do que três pessoas no carro, além do motorista. Viajar atrás é aconchegante, mas não dá pra se sentir espaçoso. Rodar “encaixado” no banco do passageiro dá maior segurança e ao mesmo tempo faz com que você participe ativamente do percurso. Uma pessoa de 1,80 m consegue se sentar com a coluna reta e os joelhos bem próximos dos encostos dianteiros. O sistema de abertura para o acesso é bem justo e não traz complicações. Ao contrário dos populares, o banco do motorista sempre volta à posição inicial quando desliza no trilho para alguém acessar o espaço traseiro.
Depois de rodar atrás, passamos para o banco da frente. Ajustamos a distância principal manualmente e a do encosto com um simples toque de dedo. Com a mesma “empunhadura” da do sedã, o coupé tem sutis diferenças em sua tocada.
Equipado com a transmissão 7G-TRONIC PLUS, denominação usada pela Mercedes-Benz para câmbio automático, o Coupé se saiu bem no autódromo piracicabano. Faltou esperteza em curvas mais fechadas e sobrou agilidade nos trechos em que o câmbio foi menos exigido. Se comparado ao sedã, o coupé é “milésimos” menos esperto. Enquanto o modelo quatro portas ofereceu uma rolagem menor no traçado, o carro de duas portas acabou deslizando mais. Este detalhe pode ser encarado como positivo, se a pessoa gosta de apreciar as reações “naturais” de um automóvel. A tendência de maior “pendulo” para o Coupé também pode ser creditada à menor rigidez de torção da carroceria.
Pode parecer pouco, mas a capacidade do porta-malas do coupé é menor: 450 litros, contra 475 litros do sedã. Outra diferença fica por conta do peso: 1.520 kg registra o Coupé, contra 1.485 kg do sedã. De acordo com os números da marca alemã, o C 180 coupé lançado acelera de zero a 100 km/h em 8,9 s e atinge a máxima de 223 km/h. Utilizando os mesmos critérios, o C 180 sedã acelera de zero a 100 km/h em 9s e atinge a velocidade máxima de 220 km/h. Para se ter ideia, a relação peso/potência do novato é de 9,7 kg/cv, enquanto a do sedã é de 9,5 kg/cv. Ou seja, uma diferença “milimétrica”. O que influenciou a favor do Coupé foi o “túnel de vento”. O menor arrasto aerodinâmico resultou em maior desenvoltura, mesmo ele sendo mais pesado. De acordo com as informações técnicas da Mercedes-Benz, o Coupé tem coeficiente aerodinâmico (Cx) de 0,26. Um dos segredos para conquistar o bom número está no revestimento das caixas de rodas e no “desenho” da coluna A.
Comprando um C 180
O sedã tem valor sugerido mais acessível (R$ 116.900) se comparado ao coupé, mas a diferença não chega aos 10%. No sedã, você consegue levar três pessoas no banco traseiro, além de transportar mais bagagem. No coupé você tem a novidade e o estilo mais esportivo nas mãos. Ou seja, “C” para os solteirões (onas) ou “C” para os casados. O resultado é simples: a popularidade do “C” está chegando de verdade ao Brasil.
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