Em um documento enviado aos advogados do político francês e ao que a Agência Efe teve acesso, os advogados de Nafisatou Diallo asseguram que Strauss-Kahn não desfrutava de imunidade diplomática total porque esse status nunca foi ratificado pelo FMI, organismo que dirigia quando foi detido, em maio passado.
"Por muito que se queira ocultar a verdade, ele não pode utilizar esta moção sem fundamento para fazê-lo", indica o documento, que responde a um pedido dos advogados de DSK para que o juiz rejeitasse o processo civil.
Um porta-voz do escritório de advogados de Kenneth Thompson, que lidera a defesa da camareira, precisou nesta segunda-feira à Efe que o documento será interposto no próximo dia 9 na Suprema Corte do Bronx (Nova York) se até as duas partes não tiverem chegado a um acordo fora dos tribunais.
DSK, de 62 anos, nunca alegou gozar de imunidade diplomática durante seu processo criminal porque sabia que "seria um fracasso", acrescenta nesse escrito a equipe de advogados da camareira guineana, que apresentou também um processo civil contra o político francês em 8 de agosto.
Os advogados da acusação também enviaram à defesa de DSK outro documento no qual rejeitaram suprimir do sumário as alegações de que o ex-diretor gerente do FMI abusou sexualmente de outras mulheres.
Em 26 de setembro, os advogados de DSK pediram ao juiz Douglas McKeon que desprezasse o processo civil apresentado contra seu cliente por Nafisatou Diallo, que o acusou de tê-la agredido sexualmente em um hotel de Manhattan em 14 de maio.
O caso acabou encurtando a carreira de Dominique Strauss-Kahn à frente do FMI.
Os advogados da camareira ainda pretendem que seja realizado um julgamento para que um júri determine as compensações econômicas que Nafisatou merece receber pelo assédio "sádico, brutal e violento".
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