Mutola substituirá Michael Seme como técnica de Semenya, que no Mundial de Daegu (Coreia do Sul), no mês passado, conseguiu a medalha de prata. Antes, a atleta teve que se manter afastada das competições por nove meses para se submeter a um processo de verificação de sexo.
"Quero agradecer a Michael pelo seu grande trabalho comigo durante os três últimos anos. Conseguimos muitos bons resultados, porém, neste ano, e especialmente nos últimos meses estive pensando muito na minha carreira", declarou Semenya ao site da IAAF.
A sul-africana revelou ainda que treinou somente nas quatro últimas semanas antes do Mundial de Daegu e que pouco antes de viajar à Coreia se reuniu com Mutola.
"Ela me deu grandes ideias para o campeonato. Foi minha inspiração desde que comecei a correr. Após Daegu, perguntei para ela se estava interessada em me treinar. Ela me disse que sim, e agora estou muito feliz. María teve uma longa e bem-sucedida carreira e será uma grande professora para mim", afirmou.
Para Mutola, que mora em Johanesburgo, treinar Semenya é "um grande desafio". A moçambicana foi campeã olímpica em Sydney-2000 e conquistou três títulos mundiais ao ar livre e sete em pistas cobertas.
"Caster é uma grande atleta e costuma ir sempre muito bem. Temos um longo caminho pela frente se quisermos conquistar o ouro nos Jogos de Londres. Ela só precisa dar os últimos passos para se tornar uma atleta cada vez mais profissional. Quero utilizar toda minha experiência para ajudá-la a compreender o que significa estar no topo. É muito mais fácil chegar entre os melhores do que se manter lá", considerou a treinadora.
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