EUA apoia investigação de morte de Gaddafi
A secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, apoiou no domingo uma possível investigação pela ONU da morte do líder deposto da Líbia Muammar Gaddafi.
Há um mal-estar internacional crescente em torno das cenas caóticas envolvendo a aparente execução sumária da Gaddafi após a queda de sua cidade Sirte na quinta-feira.
"Eu apoiaria fortemente tanto uma investigação da ONU que foi pedida quanto a investigação do Conselho de Transição Nacional disse que conduziria", afirmou Clinton a um programa da NBC, em referência aos líderes interinos da LÍbia.
"Você sabe, acho que é importante que esse novo governo, esse esforço de ter uma Líbia democrática, comece com o Estado de direito, comece com prestação de contas", afirmou.
O Comissário de Direitos Humanos da ONU, Navi Pillay, propôs uma investigação do assassinato de Gaddafi.
O primeiro-ministro da LÍbia que está deixando o cargo disse no domingo que a bala que atingiu a cabeça de Gaddafi pode ter sido disparada por um dos seus próprios guardas durante troca de tiros com forças do governo em Sirte.
"Então eu vejo a investigação em seus próprios méritos como importante, mas também como parte de um processo que dará à Líbia a melhor chance possível para navegar em direção a um futuro estável, seguro e democrático", afirmou Clinton..
Perguntada sobre sua reação ao ver vídeo de um Gaddafi sangrando antes de morrer, Clinton afirmou que "obviamente, ninguém quer ver nenhum ser humano naquela condição".
"Mas ainda assim eu sei o grande alívio que foi para milhões de líbios que o passado acabou e agora eles podem avançar para um futuro diferente, sem medo e intimidação, e tentar recuperar o tempo perdido de 42 anos para desenvolver um país que tem tantas riquezas naturais e merece ter uma democracia e prosperidade", afirmou.
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