Governador planeja lançar concessão no período pós-Copa do Mundo e entregar gestão à iniciativa privada
Governo descarta parceria com empresas para investir no VLT
O governador Silval Barbosa (PMDB) descartou a possibilidade de o Estado firmar uma Parceria Pública Privada (PPP) para investir no VLT (Veículo Leve Sobre Trilho).
O modal de transporte coletivo urbano foi escolhido para Cuiabá e Várzea Grande devido à participação de ambos os municípios na Copa do Mundo de 2014. O sistema vai funcionar em dois trechos, que são CPA/Aeroporto e Coxipó/Centro.
Anteriormente, o Estado planejava essa possibilidade para diminuir a capacidade de recursos próprios neste projeto, porém pode implicar atualmente no atraso das obras.
"Não dá mais tempo para firmar uma parceria deste porte. Para estruturar uma parceria pública privada, demoraríamos de cinco a seis meses", explicou Silval.
Agora, a proposta do Estado é transferir a administração do VLT para a iniciativa privada, após a conclusão das obras.
"O que penso a respeito do VLT é que devemos construí-lo e depois lançar uma concessão para alguma empresa privada administrá-lo. Ao mesmo tempo, esse parceiro trará retorno financeiro ao Estado, compensando assim o investimento que será feito. Estamos trabalhando com este planejamento", disse o governador.
Investimento
A Assembleia Legislativa já autorizou o Estado a contratar empréstimo de R$ 740 milhões junto à CEF (Caixa Econômica Federal) para investir no VLT.
Ao mesmo tempo, ainda estão assegurados R$ 423 milhões junto ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). O financiamento foi obtido após a mudança na matriz de responsabilidade de BRT para VLT.
Para conseguir estes recursos, o Estado vai explorar a capacidade de endividamento, avaliada em R$ 2,5 bilhões. O pagamento da dívida com a União poderá ser parcelado em até 20 anos.
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