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Sábado - 22 de Outubro de 2011 às 19:27
Por: Izabela Andrade

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A vulnerabilidade nos 720 quilômetros de extensão de fronteira seca do Estado de Mato Grosso com a Bolívia preocupa os organizadores dos jogos da Copa do Mundo de 2104 na sede de Cuiabá, que receberá oito delegações para quatro jogos. O tráfico de drogas é, certamente, o maior problema que existe na região de fronteira – o que fomenta os mais diversos tipos de crimes do lado brasileiro, principalmente o roubo de veículos.  POrém, por onde passam drogas à vontade - com baixo nível de repressão - passam também armas e, possivelmente, até terroristas, que se propagam por grandes eventos.

A realidade da fronteira Mato Grosso-Bolívia é polêmica e bastante antiga. Os dados do Ministério de Relações Exteriores não deixam qualquer margem de dúvidas sobre a stuação. Eles comprovamque o quadro é, de fato, alarmente. Para se ter idéia, os números apontam que chega a 128 mil o número de veículos brasileiros inseridos no programa de regulação veicular boliviano. A Lei 133/2001 sancionada pelo presidente Evo Moraes no dia 8 de junho permite legalizar carros que entram sem documentação no país.

Outro dado alarmante faz referência ao número de carros contrabandeados na Bolívia: dois de cada dez veículos são furtados em Mato Grosso. Só no ano passado, cerca de 210 carros foram apreendidos na região da Grande Cáceres.

Fora isso, outro agravante está relacionado ao tráfico de drogas e comércio ilegal de armas. De acordo com o coordenador do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), Paulo Prado, 70% da cocaína que entra no país vem da Bolívia. Deste total, por falta de contingente e trabalhos específicos na região de fronteira apenas 5% da droga é apreendida pela polícia. Segundo Prado há apenas 98 policiais militares e cinco delegados para atender a 20 municípios da fronteira de Mato Grosso com a Bolívia.

Mesmo com a problemática o governo está confiante no legado que será deixado, por meio de parcerias findadas com o governo federal visando investimentos maciços na região fronteira, a fim de colocar em prática a execução dos procedimentos operacionais delineados pela Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa) em parceria com Estadual de Segurança Pública (Sesp).

Aliás, na teoria o governo estadual já anunciou a aquisição de equipamentos de alta tecnologia para o combate a crimes na região da fronteira do Brasil com a Bolívia. Dez sistemas móveis de radar permitirão o rastreamento de 180 quilômetros e a identificação de até 300 alvos simultâneos nas áreas delimitadas.






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