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Sábado - 22 de Outubro de 2011 às 15:12
Por: Emily Canto Nunes/Tarian Chaud

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Após sete dias de competição, Cesar Cielo resolveu engrossar o coro dos atletas que reclamaram das filas do refeitório na Vila Pan-Americana. No entanto, o astro da natação brasileira deixou claro que só decidiu falar sobre o tempo em pé nas filas com o fim das competições, para que isso não parecesse desculpa caso a equipe não ganhasse tudo o que ganhou. Inclusive a medalha de ouro no revezamento 4x100 m medley, uma conquista que há tempos a Seleção desejava, além do índice olímpico.

Cielo foi o último atleta a falar na entrevista coletiva, depois de Felipe França, Guilherme Guido e Gabriel Mangabeira opinarem sobre o rendimento brasileiro na prova. Diferente dos colegas, que foram indagados pelos jornalistas, Cielo falou sem que ninguém lhe perguntasse nada em específico. E, mesmo assim, falou mais que os companheiros.

"Acho que mais do que chegar aqui e falar com as medalhas no peito, é preciso ressaltar que conseguimos superar a altitude e qualquer outra adversidade que tínhamos, pois houve coisas que não foram fáceis na competição. Evitamos falar antes para não influenciar a gente. Dentro do restaurante da Vila sempre tinha uma fila muito grande, a gente estava ficando muito tempo em pé, mas agora passou, e a equipe está de parabéns", afirmou.

Cesar Cielo fez questão de elogiar o companheiro Thiago Pereira, que conquistou quatro medalhas de ouro nas provas individuais, e sagrou-se o maior medalhista da natação neste Pan.

"O Thiago, acima de tudo, foi um cara que inspirou muito a gente. Sabíamos que podíamos contar com ele, que ia ganhar um monte de medalhas. Mas ele não estava preocupado em quem ia levar o crédito, estava sempre disposto a conversar, ir com a gente para a competição, pronto para representar o Brasil da melhor forma. Foi o que aconteceu durante toda a semana. As atitudes falam mais alto que as palavras aqui".

O atleta também ressaltou o amadurecimento de sua geração na natação. "A maioria tem 23, 24 anos, tirando o Manga (Gabriel Mangabeira), que é mais velho e experiente. Mas é uma geração que se identifica muito como grupo. Foi uma das poucas competições que eu realmente senti que a gente tinha um grupo. Todo mundo sempre preocupado um com o outro, sabendo o que o outro precisava. Ao poucos, estamos aprendendo que isso ajuda muito no resultado", disse Cielo.

O nadador espera que essa união também seja decisiva na disputa da Olimpíada de Londres, em 2012. "Essa união é muito grande e deixa as adversidades em segundo plano. Agora é pensar na Olimpíada com toda a vontade que estamos de treinar. Precisamos colocar tudo isso novamente em prática e reafirmar que essa Seleção veio para ficar. Até 2016 vai ser uma geração muito vitoriosa", afirmou.





Fonte: Terra

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