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Esportes
Sexta - 21 de Outubro de 2011 às 15:14

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O secretário-geral da Fifa, Jerôme Valcke, afirmou nesta quinta-feira na Suíça que a entidade terá um novo interlocutor no governo brasileiro, em substituição ao ministro do Esporte, Orlando Silva, alvo de acusações de corrupção nos últimos dias. Ele não disse quem será o novo representante.
 

Haverá um encontro em novembro entre a cúpula da Fifa e o governo brasileiro para lidar com a questão da Lei Geral da Copa do Mundo de 2014, que gera atritos entre as duas partes por conta de questões de marketing, TV e ingressos.

"Novembro [visita da Fifa ao Brasil] é a ideia de quando vamos ver o novo representante da presidente Dilma [Rousseff] para a Copa. E representante do parlamentar. Estou confiante que a presidente apontou uma equipe independentemente do que acontecer com Orlando [Silva]. É tempo de acabar com esse ideia [projeto de lei sobre a Copa] que não estamos adiantados", disse Valcke, deixando escapar uma crítica ao país.

O presidente da Fifa, Joseph Blatter, também irá ao Brasil para encontrar a presidente, segundo informou.

ENTENDA O CASO

Dois integrantes de um suposto esquema de desvio de recursos do Ministério do Esporte acusam Orlando de participação direta nas fraudes, segundo reportagem publicada pela revista "Veja". O ministro receberia pagamentos de ONGs do programa Segundo Tempo, criado pelo governo federal para incentivar crianças carentes a praticar atividades esportivas.

O soldado da Polícia Militar do Distrito Federal João Dias Ferreira e seu funcionário Célio Soares Pereira disseram à revista que o ministro recebeu parte do dinheiro desviado pessoalmente na garagem do ministério.

De acordo com a entrevista dada para a revista, o policial diz que as ONGs só recebiam os recursos mediante o pagamento de uma taxa previamente negociada que podia chegar a 20% do valor dos convênios. Segundo o militar, o ministro recebeu, pessoalmente, na garagem do Ministério do Esporte, o dinheiro da propina.

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, afirmou que irá investigar as acusações.

Segundo o ministro, que tem desqualificado o policial militar em entrevistas e nas oportunidades que falou do assunto, disse que as acusações podem ser uma reação ao pedido que fez para que o TCU investigue os convênios do ministério com a ONG que pertence ao autor das denúncias.

Em nota, o Ministério do Esporte disse que João Dias firmou dois convênios com a pasta, em 2005 e 2006, que não foram executados. O ministério pede a devolução de R$ 3,16 milhões dos convênios.

De acordo com o ministro, desde que o TCU foi acionado, integrantes de sua equipe vêm recebendo ameaças.






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