TJ quer tratamento especial para juiz suspeito de infração em SP
O presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, José Roberto Bedran, quer a criação da figura de um "delegado especial" para cuidar de ocorrências que envolvam juízes e desembargadores. O pedido foi feito à Secretaria de Estado da Segurança Pública.
A proposta foi revelada em sessão do TJ anteontem, na discussão sobre a promoção ao cargo de desembargador do juiz Francisco Orlando de Souza, 57, detido sob suspeita de dirigir embriagado e sem habilitação no dia 9. Ele foi detido e liberado no mesmo dia. O magistrado nega que estivesse bêbado.
De acordo com o texto, o desembargador diz que a medida evitará que incidentes sejam explorados por jornais. Em São Paulo, juízes e desembargadores não podem ser levados a delegacias e a ocorrência tem de ser comunicada ao TJ. O tratamento especial com delegado exclusivo, porém, não está previsto.
Após ser procurado ontem pela Folha, Bedran negou que sua intenção seja restringir o trabalho da imprensa. A ideia do "delegado especial", afirmou, é para evitar a divulgação de fatos "distorcidos" ou "sensacionalistas".
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