Investigação aponta que grupo matou 106 policiais em 2012. Denúncia e pedido de prisão foram negados pela Justiça.
Megainvestigação em SP denuncia 175 de facção criminosa
A investigação foi divulgada nesta sexta-feira (11) pelo jornal "O Estado de S. Paulo".
A partir da investigação, os promotores mapearam a estrutura da quadrilha, da qual o chefe é Marco Willians Camacho, o Marcola, que está preso faz sete anos.
Na investigação, os promotores também descobriram que 169 mil presos estão sob controle da facção; que o grupo criminoso atua em 90% dos presídios paulistas e que fora dos presídios, a facção vende drogas e negocia compra de armas, e mata quem atrapalha os planos da facção.
As gravações comprovam que bandidos perigosos comandam, por telefone, uma facção criminosa de dentro da Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, a 600 km da capital paulista. Segundo a promotoria, os criminosos negociam drogas, financiam o crime organizado e matam quem atrapalha as atividades do grupo.
Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola,
considerado o chefe da facção criminosa que age
de dentro dos presídios paulistas (Foto: Arquivo/G1)
As polícias militar e civil já vinham se preparando para fazer prisões e transferir os chefes da facção criminosa. Entretanto, a Justiça negou todos os pedidos da promotoria, o que deixou promotores e a cúpula da segurança pública indignados. A denúncia causou mal estar entre o Ministério Público e a Justiça, de acordo com o SPTV.
Durante as investigações, o MP descobriu também que 106 PMs mortos no ano passado no estado, foram vítimas das ações do grupo. A ordem para os assassinatos partiu também de dentro do presídio.
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