Organização criminosa age há anos em Mato Grosso, diz Polícia Federal
O delegado da Polícia Federal Renato Sayão Dias, responsável pelas investigações que resultaram na operação Hernandárias deflagrada na manhã desta quinta-feira (20), afirmou que grande parte dos integrantes da organização criminosa presa contrabandeava cigarro há anos em Mato Grosso. Os carregamentos eram trazidos do Paraguai e entravam no Brasil pelo Mato Grosso do Sul até serem distribuídos nas cidades mato-grossenses.
Segundo Sayão, a organização criminosa era composta por três núcleos e um dos líderes já foi indiciado mais de 20 vezes, pelo mesmo crime, e já foi preso em 1991.
Um dos pontos comerciais onde eram vendidos os cigarros era o Shopping Popular de Várzea Grande. De acordo com o delegado, um dos líderes do bando possui quatro bancas no local e já havia sido preso no ano passado.
Até o final desta manhã 28 pessoas foram presas pela PF, sendo 20 durante as investigações, seis com mandados de prisão preventiva e outras duas em flagrante, quando eram cumpridos mandados de busca e apreensão.
A quadrilha agia principalmente em Cuiabá, Várzea Grande e Rondonópolis, onde foram presas sete pessoas. No decorrer das investigações foram apreendidos R$ 4 milhões, em cigarros e a Receita Federal lançou tributos e multas que alcançaram cerca de 8 5 milhões, informou a PF.
Além de cigarros o grupo chegou a contrabandear medicamentos e suplementos importados, bem como alguns equipamentos eletrônicos e até brinquedos. As investigações tiveram início no ano passado e os presos serão indiciados por formação de quadrilha e contrabando.
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