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Internacional
Quarta - 01 de Janeiro de 2014 às 17:53

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O governo da Argentina confirmou que a onda de calor que atinge o país deixou pelo menos sete mortos, a maioria idosos, na semana passada. As mortes foram registradas na província de Santiago del Estero, a cerca de 1,1 mil km ao norte da capital, Buenos Aires.


 
Os efeitos do calor intenso – que chegou a 45°C em províncias do norte – se agravaram com os cortes no fornecimento de energia, que privaram os argentinos de ar condicionado.


 
O governo atribui os apagões ao calor e cobrou de empresas privadas de energia mais investimentos no setor. Os meteorologistas dizem que esta é a pior onda de altas temperaturas a atingir o país em pelo menos 40 anos.


 
Neon desligado


 
Centenas de pessoas em Santiago del Estero procuraram assistência médica por causa do calor. Os médicos aconselharam a todos que permanecessem dentro de suas casas nas horas mais quentes do dia.


 
Segundo a repórter da BBC Brasil em Buenos Aires, Márcia Carmo, os cortes de energia atingiram principalmente a grande Buenos Aires, mas províncias do norte, entre elas Chaco e Corrientes, esta na fronteira com o Brasil, também foram afetadas.


 
Em decorrência dos apagões, as autoridades decidiram dar folga para funcionários públicos e recomendaram que cartazes com luzes de neon fossem desligados. Elas disseram que não mais que 3% da população de Buenos Aires foi afetada pelos cortes de energia. Entretanto, muitas pessoas não acreditam na estimativa do governo, e dezenas de argentinos foram às ruas protestar na segunda-feira contra a resposta dada pelo governo aos apagões. De acordo com a repórter da BBC Irene Caselli, partes da capital do país estão sem energia há duas semanas.


 
Falta de investimentos


 
Nos protestos, moradores de Buenos Aires bateram panelas e colocaram fogo em sacos de lixo e pneus, causando congestionamentos no momento em que milhares de pessoas deixavam a capital para as comemorações de Ano-Novo em outros locais.
 


 
​​A crise trouxe à tona a falta de investimentos no setor de energia da Argentina. Alguns acusam das autoridades de ignorar a corrupção e não conseguir modernizar o sistema. O governo, por outro lado, culpa as companhias de energia, que foram privatizadas e, segundo eles, não investem.


 
O prefeito de Buenos Aires, Mauricio Macri, um ex-aliado da presidente Cristina Kirchner, saiu em defesa das companhias privadas de energia. "A maior responsabilidade é do governo federal", disse ele. "O governo precisa garantir que há um programa de investimento, o que não ocorreu na última década", disse.





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