Depois de 21 dias em greve, os bancários voltaram ao trabalho nesta terça-feira (21). Como já era esperado por muitos clientes, a manhã foi marcada pelas filas na porta dos bancos. Quem precisou de atendimento precisou ter paciência para aguardar a vez nas agências que funcionam no centro de Salvador.
Durante o período de paralisação, 703 agências bancárias ficaram fechadas em todo o estado, 230 só na capital, segundo informações do Sindicato dos Bancários da Bahia.
A Polícia Militar planejou um esquema de segurança especial ao redor dos cerca de dez bancos localizados no centro da capital. Segundo a assessoria de comunicação da PM, não foram registrados casos de violência, nem tumulto nas agências. Segundo o tenente-coronel Anselmo Brandão, a área conta com 60 policiais, sendo metade pela manhã e outra pela tarde, três viaturas e quatro motos a mais para intervir em qualquer anormalidade que possa ocorrer
O encerramento da greve foi decretado em assembleia realizada na noite de segunda-feira (17). A categoria aceitou a proposta de reajuste de 9%, oferecida pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). De acordo com o Sindicato dos Bancários da Bahia, o reajuste é retroativo a 1º de setembro. Também foi conquistado o aumento de 12% no piso da categoria, que passa de R$ 1.250 para R$ 1.400 para a função de escriturário.
Segundo o presidente do Sindicato dos Bancários, Euclides Fagundes, os funcionários não terão descontados os 21 dias em que estiveram paralisados, mas terão que compensar o período até o dia 15 de dezembro, com máximo de duas horas extras por dia. Na Bahia, aproximadamente 605 agências bancárias aderiram à greve, segundo informação do Sindicato.
Exceção
Os funcionários do Banco do Nordeste decidiram permanecer em greve na Bahia. De acordo com o Sindicato dos Bancários, eles acharam a proposta oferecida pela Fenabran “fraca, rebaixada e sem serviços significativos” na assembleia realizada na segunda-feira. Não há previsão de retorno. Eles pedem isonomia, Plano de Cargos e Remuneração, reposição de perdas salariais, fim das terceirizações e, entre outras, convocação de concursados.
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