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Terça - 18 de Outubro de 2011 às 10:47
Por: Dayanne Sousa

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O ministro do Esporte, Orlando Silva, comparece nesta terça-feira (18) à Câmara dos Deputados para dar explicações sobre denúncias de corrupção. Responsável por articular a vinda do ministro sem deixar espaço para que a oposição o convocasse, o líder do PCdoB, Osmar Júnior (PI), nega que o clima seja demasiado amistoso, mas sai em defesa do colega de partido.

- A oposição está revoltada porque queria convocar o ministro, mas ele se ofereceu para dar explicações. Isso mostra a disposição do ministro, quem faz isso não tem medo.

A Terra Magazine, o líder comunista, porém, descarta de pronto as novas revelações do policial militar João Dias Ferreira, que disse ter se encontrado com Orlando Silva em 2008 e que o chefe dos Esportes teria negociado seu silêncio.

Em entrevista coletiva nesta segunda-feira (17), Orlando Silva afirmou que recebeu Dias em 2006, quando era secretário executivo dos Esportes e Agnelo Queiroz (atual governador do DF pelo PT) era ministro. "Esse acusador está dizendo que foi recebido em outra data e que tratou de outros assuntos", diz Osmar Júnior. "Eu confio na palavra do ministro".

Em reportagem da revista Veja desta semana, o policial João Dias disse que o ministro integra um esquema de desvio de dinheiro do programa Segundo Tempo. Pelo programa, há a distribuição de recursos a organizações não governamentais com o objetivo de motivar jovens à prática de atividades esportivas. Na audiência pública, o ministro deverá responder também a perguntas sobre a Lei Geral da Copa. O assunto é considerado polêmico porque a Federação Internacional de Futebol (Fifa) diverge do governo em vários aspectos e cobra mudanças.

Osmar Júnior ainda desconsidera as suspeitas levantadas por Dias com relação ao seu partido. Segundo o policial e candidato a deputado distrital pelo PCdoB-DF em 2006, membros da sigla cobravam até 20% de propina em convênios do Ministério do Esporte com ONGs. "Esse homem vive de chantagem", acusa. "Não é razoável a acusação de um cidadão que ninguém sabe quem é". Sobre a ligação de Dias com o partido, ele reconhece que foi um erro, mas diz que ela foi muito passageira.






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