A Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa divulgou ontem à tarde o retrato-falado do pistoleiro que executou o empresário Luiz Antônio Dias dos Santos, de 60 anos, assassinado no dia 28 de setembro com três tiros de pistola na cabeça, no Centro de Cuiabá. Ele foi confeccionado com base nas informações fornecidas por testemunhas. Várias pessoas viram o criminoso esperar o empresário sair do estacionamento e executar a vítima.
Segundo o delegado Antônio Carlos Garcia, responsável pelas investigações, com a divulgação muita gente poderá reconhecer o criminoso e, com isso ajudar nas investigações. Explicou que as pessoas podem ligar para os telefones 3901-4825 - da própria Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa - e 197 da Polícia Civil. A ligação é gratuita e a pessoa não precisa se identificar.
As investigações apontam para um crime passional (motivado por paixão). Inicialmente, havia a suspeita de o empresário ter sido vítima de algum acerto de contas envolvendo dívidas, mas as investigações apontam que o colégio Anglo, do qual era sócio, estava em “saúde perfeita”.
Os policiais ainda não conseguiram ouvir a última namorada do empresário, que era separado. Essa namorada teve um caso com um estelionatário ciumento. Os policiais acreditam que o depoimento da moça poderá ajudar no avanço dos trabalhos.
O criminoso esperou a vítima entrar no estacionamento em frente ao colégio, na avenida Isaac Póvoas, no Centro. Lá, o empresário deixou picape Hilux prata.
Assim que chegou ao portão, o empresário foi surpreendido pelo pistoleiro, que atirou quatro vezes a curta distância. O autor dos disparos esperou a vítima sair do estacionamento para executá-la na calçada. O empresário foi atingido por três tiros na cabeça. O bandido fugiu sem nada levar – o notebook do empresário ficou caído junto ao corpo.
Os policiais descobriram que o pistoleiro fugiu numa motocicleta, mas teve o apoio de um veículo branco. As imagens, no entanto não definem qual veículo que seguiu em direção ao Centro sem avançar o semáforo.
Segundo o relato de testemunhas, das janelas das salas do colégio foi possível ouvir os disparos e ver o criminoso fugir em direção contrária da mão dos demais veículos, entrando na rua Jessé Pinto Freire. “O criminoso estava de boné”, informou uma testemunha. Os policiais acreditam que, de lá, tenha embarcado num carro.
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