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Policia MT
Segunda - 17 de Outubro de 2011 às 19:41
Por: Leandro J. Nascimento

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Segundo a polícia, as cargas possivelmente são produtos de roubo e alguns veículos foram roubados em vários municípios. (Foto: Assessoria/Polícia Civil)
Segundo a polícia, as cargas possivelmente são produtos de roubo e alguns veículos foram roubados em vários municípios. (Foto: Assessoria/Polícia Civil)



A Polícia Civil de São José do Rio Claro, a 325 quilômetros de Cuiabá, abriu inquérito para investigar a existência da prática de adulteração de veículos na região Médio Norte de Mato Grosso. A matéria-prima utilizada seria veículos roubados ou furtados e que após terem as placas e chassis adulterados, eram colocados novamente no mercado. A apreensão de veículos de grande porte em uma fazenda em Nova Maringá, a 392 quilômetros da capital, apontou para a existência da prática criminosa, de acordo com a polícia.

Na operação, realizada pelos agentes da delegacia de São José do Rio Claro, foram apreendidos ainda uma pá-carregadeira, um revólver calibre 38 com seis munições, mira telescópia para arma, além de R$ 4,9 mil em dinheiro, uma caminhonete e um carro de passeio, este último de propriedade de um dos suspeitos, equipamentos para remarcação de chassi. O delegado Romildo Grota explicou que há fortes indícios para a falsificação de placas dos veículos e a reinserção deles no mercado.

"Estamos comprovando que lá [fazenda] era um local de desmanche, para onde levavam os caminhões roubados, adulteravam e colocavam a placa no caminhão novamente", destacou, em entrevista ao G1. Duas pessoas foram presas, sendo o proprietário da fazenda, de 52 anos, e o sobrinho dele, de 33 anos. Um deles já era investigado pela suspeita de extração ilegal de madeira.

Grota salienta que os dois foram presos pela prática de porte ilegal de arma. No entanto, as investigações apontaram para a existência de um esquema ainda maior. "No domingo, encontramos os lacres, arames e foi feita uma constatação de que os veículos estavam com chassi adulterado", complementou.

O proprietário da fazenda pode responder também por receptação de produtos roubados. "Ele virou receptador dos caminhões, pois estava com os produtos na casa dele, além dos alimentos, bebidas, óleo diesel, objetos que eram cargas dos caminhões", expressou o delegado de Polícia Civil. O total do material apreendido, segundo a polícia, pode chegar a R$ 2,3 milhões.

Apreensões
As apreensões feitas pela polícia ocorreram em pontos diferentes.  Na região de mata a polícia encontrou três cavalinhos e quatro carretas (que vão acopladas ao cavalinho). Na casa do suspeito foram duas carretas, mais dois cavalos e uma caminhonete F1000. Um veículo e uma máquina pá-carregadeira foram encontrados. Ao todo, foram 12 veículos de grande porte, além dos automóveis.

Um dos caminhões foi tomado em assalto há cerca de 20 dias, na BR-163, região rural de Nova Mutum, a 269 quilômetros de Cuiabá. Por outro lado, a polícia já identificou que parte dos veículos foi levado também de cidades como Campo Verde, Primavera do Leste, Sorriso.

Inquéritos
Três foram os inquéritos abertos pela polícia para apurar o caso. Um se refere a receptação qualificada, adulteração de sinal identificador de veículo e quadrilha armada. Outro, por porte de arma de fogo de uso proibido. O último, extração ilegal de madeira, furto qualificado de madeira, formação de quadrilha, estelionato, receptação, e defaudração de penhor





Fonte: Do G1 MT

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