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Segunda - 17 de Outubro de 2011 às 09:42
Por: KATIANA PEREIRA

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Mídia News/Divulgação
Complexo do Pomeri tem registrado mortes constantemente; jovens são transferidos para o Interior
Complexo do Pomeri tem registrado mortes constantemente; jovens são transferidos para o Interior

A Polícia Civil indiciou quatro internos do Centro de Ressocialização, também conhecido como Complexo Pomeri, por homicídio qualificado. Eles são acusados de executar, com 130 golpes de "chuço" (faca artesanal, fabricada no interior de presídios), dentro de uma cela, no último dia 2, o menor Wellington Silva dos Anjos, 17.

O inquérito foi conduzido pela delegada Silvia Pauluzzi, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e foi encerrado na quinta-feira (13).

O depoimento de dois menores revelou que o jovem Adriaza dos Santos Alves, 18, foi o mentor da execução. Ele está preso na Penitenciária Central do Estado (PCE); os demais continuam no Pomeri.

As investigações apontam que Adriaza planejou a morte de Wellington por ele ser um dos participantes da execução do menor Maxsuell Elias da Silva Almeida, também morto dentro do Complexo, no dia 7 de setembro. Maxsuell era amigo dos adolescentes, que, por vingança, executaram Wellington.

Os menores V. B. T., 16, e G. M. D. J., 15, disseram que, na noite do crime. Adriaza segurou a vítima pelas costas e a derrubou no chão. Os golpes de chuço começaram a ser deflagrados contra Wellington assim que ele caiu e ficou sem defesa. Adriaza teria mandando os menores pegar outro chuço e ajudar na execução.

Os garotos afirmaram que foram obrigados a "ajudar" a matar Welligton. O interno P. B. S., 16, que estava na cela, deu o mesmo depoimento, no qual afirmou que não participou da execução.

No início das investigações, os menores prestaram depoimento negando a participação de Adriaza. Por ter 18 anos, o jovem foi transferido para a PCE. Assim que a Adriaza saiu do Complexo Pomeri, os menores mudaram a versão do depoimento e alegaram que estavam sendo pressionados para negar a participação do rapaz no assassinato.

Dias antes do assassinato de Wellington, agentes encontraram uma sacola com drogas e um celular. Adriaza teria perguntado, dentro do Complexo, sobre o paradeiro do material, indicando que o jovem tinha acesso a drogas e a celular, dentro da unidade. Também foi encontrado um chip de celular dentro da cela que Adriaza usava.

No dia 3 passado, a Justiça determinou a transferência de sete adolescentes para as cidades de Rondonópolis e Cáceres. O laudo do Instituto Médico Legal (IML) ratifica que cerca de 130 estocadas perfuraram o corpo de Wellington, morto por hemorragia.






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