Um esquema de fraudes em aposentadorias por invalidez na Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina pode ter resultado em um prejuízo de R$ 360 milhões aos cofres públicos ao longo de 30 anos. O esquema pode envolver até 111 servidores, cujos laudos médicos estão sob suspeita de alegar doenças inexistentes. Proporcionalmente, 46% das aposentadorias da AL-SC são por invalidez, o que representa mais que o dobro da média brasileira de inválidos no serviço público do Brasil. Parte desses trabalhadores não chegou a atuar nem 5 anos na Casa e saíram com ganhos de R$ 2 a 24 mil mensais. As informações são do programa Fantástico, da Rede Globo.
De acordo com o deputado que levantou as suspeitas, o médico Jailson Lima (PT), as doenças escolhidas para os registros falsos eram aquelas que permitiam mais benefícios, como ganhos integrais dos salários, isenção do pagamento de Imposto de Renda, aposentar-se sem contribuição previdenciária e quitar imóveis em caso de financiamento. Segundo Lima, os servidores, quando eram convidados a se aposentar, ganhavam promoção, como um incentivo financeiro. O presidente da Casa, Gelson Merisio (PSD), convocou os servidores para retornarem ao trabalho, mas a maioria conseguiu liminar na Justiça para não ter que voltar.
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