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Internacional
Domingo - 16 de Outubro de 2011 às 02:18

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O ditador sírio, Bashar al Assad, emitiu um decreto anunciando a formação de um comitê que elaborará em um prazo de quatro meses um projeto de nova Constituição para o país, anunciou neste sábado a agência oficial Sana.

A elaboração de uma nova Constituição era uma das principais reivindicações da oposição quando foi iniciada uma rebelião em 15 de março contra Assad.

Assad "emitiu hoje (sábado) um decreto presidencial estipulando a formação de um comitê nacional para elaborar um projeto de Constituição para a Síria, para que seja aprovada segundo as regras constitucionais", segundo Sana.

"O comitê concluirá sua missão em um período que não superará os quatro meses", disse a agência.

Este anúncio ocorre um dia depois de novas manifestações contra o regime, das quais participaram milhares de sírios. Doze pessoas morreram nessas manifestações.

Mais de 3.000 civis morreram na repressão à revolta iniciada na Síria em meados de março, segundo a ONU.

REPRESSÃO

Forças sírias mataram a tiros no centro de Damasco duas pessoas que acompanhavam o funeral de um menino de dez anos morto durante um protesto, disse uma testemunha neste sábado.

Com o envio de milhares de policiais e milicianos leais a Assad, bairros centrais de Damasco permaneceram em grande parte livres dos protestos pró-democracia que se espalharam pelo país no levante de sete meses.

Mas, no funeral de sábado, "os ânimos estavam em alta" disse a testemunha. "O corpo foi embrulhado em branco e milhares de pessoas desfilaram atrás dele gritando "o povo quer a execução do presidente" e "seremos livres apesar de você, Bashar"".

Alguns dos participantes do funeral começaram a atirar pedras contra as forças de segurança, que responderam com tiros, disse a testemunha à Reuters por telefone de um local no bairro de Maidan.

A criança foi morta em um protesto no subúrbio de Qadam em Damasco. O funeral dele aconteceu em Meidan, um bairro antigo e conservador da capital porque sua família é originalmente de lá, disse uma testemunha, um funcionário do setor privado que não quis se identificar.






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