Choques entre polícia e manifestantes matam dez no Iêmen
Ao menos dez manifestantes morreram e 81 ficaram feridos neste sábado no Iêmen durante choques com a polícia, que reprimiu um protesto contra o regime de Ali Abdullah Saleh no centro de Sana, capital do país, disseram à agência Efe fontes de um hospital da capital.
Fontes do hospital de campanha da praça Al Taguir (Mudança), epicentro das revoltas antigovernamentais, afirmaram, além disso, ter tratado 180 casos de asfixia devido ao gás lacrimogêneo usado pela polícia.
Segundo a Efe pôde constatar, os policiais usaram jatos d"água, atiraram para o ar e lançaram gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes, que em contrapartida jogavam pedras e coquetéis molotov contra os agentes.
A polícia evitou que a passeata organizada para protestar contra o governo passasse pela avenida Al Zobeiri em direção a um ponto próximo à casa do general Ahmad Ali Abdullah Saleh, filho do presidente. Os agentes se mobilizaram junto aos prédios do governo na área.
Desde 27 de janeiro, o Iêmen vive uma revolta popular contra o regime de Saleh. O ditador retornou de surpresa ao país em 23 de setembro, após passar por um período de recuperação na Arábia Saudita durante mais de três meses devido a graves ferimentos que sofreu em um atentado em Sana.
Em seu retorno, o líder voltou a se comprometer com a transferência pacífica do poder que figura em um plano do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG) e pediu aos opositores que o alcancem mediante eleições.
Saleh é presidente do Iêmen desde a unificação entre o norte e o sul de 1990, mas desde 1978 já era o governante do Iêmen do Norte.
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