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Internacional
Sábado - 15 de Outubro de 2011 às 18:02

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Cerca de 800 "indignados" se reuniram neste sábado na City, o centro financeiro de Londres, nas escadas em frente à Catedral de St. Paul, onde também estava o fundador do WikiLeaks, Julian Assange.

Confrontos com a polícia começaram a ocorrer uma hora após o início do protesto, enquanto os manifestantes, alguns com máscara, tentavam se dirigir à Bolsa de Londres.

Assange, rodeado por guarda-costas, foi bem recebido pela multidão e discursou aos manifestantes na escadaria da catedral.

"Uma das razões pelas quais nós apoiamos o que está acontecendo aqui no "Occupy London" (Ocupe Londres) é que o sistema bancário de Londres é um recipiente para o dinheiro da corrupção", disse o fundador do WikiLeaks aos manifestantes.

Os manifestantes, cercados por três cordões policiais e por uma polícia montada atrás, carregavam bandeiras que proclamavam "Não mais cortes", em referência à política drástica de austeridade do governo britânico, ou inclusive "Goldman Sachs é obra do diabo".

O protesto faz parte de um dia de ação mundial do movimento dos "indignados", que surgiu na Espanha. Sob o lema "Unidos por uma mudança global", estão previstas manifestações em 951 cidades de 82 países, segundo o site 15october.net.

ITÁLIA

Manifestantes italianos colocaram fogo em um anexo do ministério da Defesa, destruíram vitrines de lojas e incendiaram dois carros durante protestos dos "indignados", que terminaram em violência em pleno centro de Roma.

Policiais reprimiram com bombas de gás lacrimogêneo e jatos d"água centenas de pessoas que, com máscaras nos rostos, lançaram granadas de fumaça, coquetéis molotov e garrafas contra os policiais. Os incidentes ocorreram perto do Coliseu, onde estima-se que ao menos 100 mil pessoas protestam em meio ao dia mundial das manifestações contra a precariedade e o poder das finanças, em um contexto de crise global.

Pouco depois do início dos protestos em Roma, pequenos grupos quebraram as vitrines de dois bancos, utilizando placas de trânsito, antes de fugir e se misturar à multidão. Outros grupos incendiaram dois carros.

Imagens na televisão mostraram um dos carros em chamas e outro expelindo uma fumaça densa e preta sobre a manifestação, que, excluindo o incidente, foi pacífica.

ALEMANHA

Em Frankfurt, na Alemanha --capital financeira da Europa-- cerca de 5.000 pessoas protestaram em frente ao Banco Central Europeu.

São cerca de 6.000 pessoas, segundo a organização antiglobalização Attac, e 5.000, de acordo com a polícia, na praça em frente ao instituto monetário europeu, na qual se vê um grande símbolo do euro azul e amarelo.

Nos cartazes dos manifestantes era possível ler, entre outros lemas, "Acabemos com a ditadura do capitalismo".

"Apenas uma solução, a revolução!", "Não somos bens nas mãos de banqueiros", diziam alguns dos cartazes dos manifestantes, que iniciaram sua marcha antes das 14h (09h de Brasília).

"Hoje é apenas um início. Queremos avançar em direção a um movimento global", disse à France Presse Andrea Muraro, um estudante.

Em Madri, manifestantes se aglomeraram na praça Porto do Sol. Manifestações devem ocorrer em ao menos outras 60 cidades da Espanha, segundo o jornal "El Pais".

BÉLGICA

Milhares também foram às ruas de Bruxelas neste sábado para uma passeata que começaria no centro e seguiria até se concentrar em frente às principais instituições da União Europeia (UE), em protesto contra o atual sistema financeiro.

A manifestação partiu da estação Norte da capital belga com direção à praça da Bolsa de Valores, no centro da cidade, e posteriormente rumo ao distrito onde ficam as sedes da Comissão Europeia, Conselho Europeu e Parlamento Europeu.

Os manifestantes levavam cartazes contrários à resposta europeia à crise financeira, ao sistema capitalista e em favor da mobilização dos cidadãos. "Parem a ditadura financeira", "Por uma Europa solidária" e "O dinheiro mata" eram algumas das mensagens mais repetidas no protesto.

O início da passeata ocorreu em um ambiente festivo, com música, fantasias e nenhum tipo de incidente.






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