Milhares de pessoas saíram às ruas da Europa neste sábado em vários protestos contra a "ganância corporativa" e os cortes orçamentários realizados por distintos governos. O movimento dos "indignados", nascido em Madri em maio e imitado por outros grupos, como "Ocupe Wall Street", quer converter este 15 de outubro em um dia simbólico, manifestando-se em locais emblemáticos.
Em Roma, milhares de manifestantes começaram a protestar, onde há uma grande mobilização policial. "Apenas uma solução, a revolução!", "Não somos bens nas mãos de banqueiros", diziam alguns dos cartazes dos manifestantes, que iniciaram sua marcha antes das 14h local (9h de Brasília), "porque éramos muito numerosos", explicaram os indignados.
"Hoje é apenas um início. Queremos avançar em direção a um movimento global", disse à AFP Andrea Muraro, um estudante.
Na Alemanha, milhares de pessoas se reuniram diante da sede do Banco Central Europeu (BCE) em Frankfurt. São "cerca de 6 mil", segundo a organização antiglobalização Attac, e 5 mil, de acordo com a polícia, na praça que se encontra em frente ao instituto monetário europeu, e na qual se ergue um grande símbolo do euro azul e amarelo.
Nos cartazes dos manifestantes era possível ler, entre outros lemas, "Acabemos com a ditadura do capitalismo".
Cerca de 300 pessoas se reuniram na City, o centro financeiro de Londres, nas escadas e em frente à Catedral de St. Paul, não muito longe da bolsa. Confrontos com a polícia começaram a ocorrer uma hora após o início do protesto, enquanto os manifestantes, alguns com máscara, tentavam se dirigir à bolsa de Londres.
Os manifestantes, cercados por três cordões policiais e por uma polícia montada atrás, carregavam bandeiras que proclamavam "Não mais cortes", em referência à política drástica de austeridade do governo britânico, ou inclusive "Goldman Sachs é obra do diabo".
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