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Cidades/Geral
Sábado - 15 de Outubro de 2011 às 10:44
Por: Priscilla Vilela

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Um ex-agente penitenciário da cadeia pública de Juara (664 km de Cuiabá) está a três dias em greve de fome como forma de protesto a lentidão do sistema judiciário, em referência a andamento de processos relativos a seu nome. Saulo Augusto de Moraes, estudante de psicologia da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), reclama que as pendências o impedem de assumir a vaga em concursos públicos.

Saulo, que também já trabalhou como radialista no município, está desde terça-feira (11) sem comer, para chamar a atenção das autoridades, em frente ao Fórum municipal. “A justiça não está me deixando trabalhar, tenho processos na comarca que tem três anos e até agora nada”, reclamou ao Olhar Direto. O estudante garante que passou em 1º lugar no concurso público do Estado, porém, não consegue tomar posse da vaga devido à falta de andamento dos processos a que responde.

Em 2008, Saulo foi acusado pela diretoria da penitenciária de participar de um esquema de facilitação de visitas conjugais a presos, juntamente com outros colegas.

Ele nega os crimes apontados pela então juíza corregedora da cadeia, Emanuelle Charadia Navarro, e afirma que desde que foi acusado formalmente, nunca houve sequer uma audiência para que ele pudesse se defender. “A justiça não tá nem aí, eu quero mostrar a verdade, mas não querem ver. É uma coisa tenebrosa”, destaca.

Essa pendência que até hoje o impede de assumir vagas públicas, o fez tomar a medida radical de greve de fome, que segue por tempo indeterminado. “Sou um trabalhador honesto, não preciso de favor de desembargador, de ninguém, só quero ter o direito de poder trabalhar”.






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