Reprodução simulada do caso aponta que vítima não teve chance de se defender
Acusado de matar taxista será indiciado por homicídio triplamente qualificado
Wesley Oliveira dos Santos, de 18 anos, acusado pelo assassinato do taxista Daniel Manoel - o Dudu - será indiciado por homicídio triplamente qualificiado.
Nesta sexta-feira (14), foi apresentada a reprodução simulada, laudo técnico que aponta o que realmente teria acontecido no momento do crime, cometido no dia 26 de agosto.
De acordo com a perícia, o taxista não teve qualquer chance de defesa. “Fizemos a reconstituição a partir do local e de vestígios deixados no carro. Levamos ele e a namorada para confrontar as duas versões”, explica o perito criminal Rui Rodrigues.
Na ocasião do crime, Wesley disse que efetuou o disparo em legítima defesa, pois Dudu havia tentado reagir, mas a perícia descartou esta versão.
Segundo o delegado responsável pelo caso, Weber Luciano Medeiros, o tirou atingiu a parte de cima da cabeça do taxista, o que comprova que ele estava, na verdade, saindo do carro e torna impossível o ataque a Wesley.
Caso
Após uma corrida de táxi na saída um show no estádio Morenão, por volta das 6h50min do dia 26 de agosto deste ano, o taxista Dudu foi atingido por dois tiros na cabeça. Moradores ouviram tiros e chamaram a polícia. Uma testemunha apontou uma adolescente e o namorado Wesley como sendo os passageiros do táxi.
A polícia conseguiu localizar a residência do casal, encontrando a adolescente ainda embriagada. Ela disse que saíram do show no Morenão e entraram no táxi de Daniel. No momento do acerto de contas teriam discutido pelo preço cobrado - R$ 50 - quando, então, Wesley sacou da revólver e atirou na cabeça da vítima, fugindo em seguida.
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