A presidente Dilma Rousseff chegou por volta das 10h20 à Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, onde assinará nesta sexta-feira o Pacto Sul do programa Brasil Sem Miséria. Apesar dos protestos de bancários e servidores públicos que tentavam falar com Dilma em frente à Assembleia, a presidente entrou no prédio por um acesso reservado.
Logo na chegada, Dilma recebeu do presidente da Assembleia, deputado Adão Villaverde (PT), a Medalha do Cinquentenário da Legalidade e uma publicação que relata as atividades realizadas pela Casa em homenagem aos 50 anos do Movimento da Legalidade, desencadeado para garantir a posse de João Goulart na Presidência após a renúncia de Jânio Quadros.
Dilma foi recebida por Villaverde e pelo governador do Estado, Tarso Genro. Na Sala da Presidência da Assembleia já aguardavam Dilma o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), a presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre, Sofia Cavedon (PT), e a ministra da Secretaria dos Direitos Humanos, Maria do Rosário (PT), além dos senadores Paulo Paim (PT-RS) e Ana Amélia Lemos (PP-RS). A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, e o prefeito de Porto Alegre, José Fortunati (PDT), também recepcionaram a presidente.
Dilma assinará, juntamente aos três governadores dos Estados da Região Sul do País - Tarso Genro (RS), Raimundo Colombo (Santa Catarina) e Beto Richa (Paraná) - o Pacto Sul - Brasil Sem Miséria, que prevê diversas ações para erradicar a pobreza na região. Segundo o governo federal, o programa pretende beneficiar, em todo o País, 16,2 milhões de pessoas, sendo que a Região Sul responde por 4,3% do total.
Estima-se que 61% da população mais pobre da região está concentrada na área urbana. O programa espera erradicar a pobreza através de ações que garantam a transferência de renda, a inclusão produtiva, o acesso a serviços públicos, saúde, educação, assistência social, saneamento e energia elétrica.
Protestos
Além das manifestações dos bancários e dos servidores públicos, trabalhadores da área carbonífera do Estado fizeram um protesto que bloqueou a BR-290 na altura da Ponte do Guaíba, principal ligação de Porto Alegre com o sul gaúcho. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), cerca de 40 manifestantes desceram de um ônibus no km 96 da rodovia, por volta das 8h30. Em seguida, quatro caminhões usados para o transporte de carvão fecharam as pistas, bloqueando o trânsito nos dois sentidos.
Ainda de acordo com a PRF, os manifestantes pretendiam apresentar à presidente Dilma queixas sobre a atual situação do setor, que, segundo os organizadores do protesto, estaria sendo preterido em leilões de energia promovidos pelo governo federal. Após duas horas de negociação, os manifestantes liberaram a via totalmente por volta das 10h30.
Com informações da Agência da ALRS
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