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Economia
Quinta - 13 de Outubro de 2011 às 23:09

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O segmento de material de construção fechou a primeira metade de 2011 com ritmo de crescimento inferior ao apurado no ano passado, segundo estudo da entidade que representa o setor no país, Abramat, em parceria com a FGV (Fundação Getúlio Vargas), divulgado nesta quinta-feira.

De acordo com o levantamento, a produção de materiais aumentou 2,4% entre abril e junho ante o mesmo período de 2010, enquanto no primeiro trimestre deste ano o crescimento foi de 5,5% na mesma base comparativa.

No segundo semestre de 2010, segundo o IBGE, a produção dos insumos havia avançado quase 8%. Nesse ano, de janeiro a junho, essa taxa caiu para menos de 4%.

"Em linhas gerais, portanto, as taxas de crescimento da indústria estavam sendo cortadas pela metade", afirmam as entidades, indicando a alta base de comparação com 2010, quando o setor imobiliário disparou, e a desaceleração vista esse ano em decorrência de juros mais altos e menor disponibilidade de crédito.

Em termos de faturamento, o segmento também desacelerou. As vendas reais da indústria de materiais caíram 2% no segundo trimestre, enquanto nos seis primeiros meses do ano a queda acumulada foi de 1,2%.

No varejo, o faturamento do setor cresceu 10,8% no segundo trimestre contra igual período do ano passado, conforme dados do IBGE. No primeiro semestre, o aumento anual foi de 11,9%.

"É importante observar que a nova estratégia macroeconômica --juros mais baixos, contingenciamento de gastos públicos e medidas de proteção comercial-- visa corrigir algumas distorções acumuladas ao longo da fase de forte recuperação registrada em 2010, como o descompasso entre o desempenho do varejo e da indústria", assinalam as entidades no estudo.

"O descompasso entre o faturamento real das vendas reais da indústria e do varejo pode estar associado a um movimento de compra de mais produtos importados pela revenda, o que contribui para a desaceleração na indústria", acrescenta o presidente da Abramat, Walter Cover.

Ainda assim, o levantamento aponta uma reversão do cenário a partir do terceiro trimestre. Em julho e agosto, o faturamento real do setor acumulou alta de quase 3%.

O estudo informou também que, no primeiro semestre, o número de trabalhadores com carteira assinada no setor aumentou 9,7% ano a ano. Em 2010, a taxa de crescimento do emprego havia sido de 14,5% no período. 






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