Pagamento das empresas é lesado por greve nos bancos
A greve dos bancários, que já dura 15 dias, tem deixado ao todo 162 agências paralisadas em Mato Grosso. O Bradesco, nos últimos dias, está abrindo em horário diferenciado, das 13h às 16h. De outro lado os correntistas dos tantos outros bancos sofrem para efetuar pagamento de funcionários e de fornecedores, receber o dinheiro referente ao domicílio bancário (vendas realizadas via cartão), entre outros procedimentos rotineiros, mas que têm prazo de vencimento.
“Os reflexos da greve afetam pouco o consumo, pois o consumidor tem encontrado formas de pagar as compras. O problema é que as empresas estão tendo dificuldades para conseguir a soma de dinheiro necessária para realizar pagamentos de salários, entre outras necessidades básicas dentro das empresas”, esclarece Paulo Gasparoto.
Consumo:
O gerente da loja Real Brinquedos, Vinícius Rocha, afirma que o movimento teve uma queda desde o início da greve dos bancários, mas que não chega a ser expressiva. Ele acredita que o balanço das vendas durante o Dia das Crianças deve ter uma pequena baixa, embora não saiba precisar quanto. “Pela queda no movimento que tivemos, acredito que as vendas não devem ser tão fortes quanto acreditávamos, porém, a baixa não deve ser significativa”.
Cristal Pereira de Carvalho, proprietária da loja de confecção infantil Márcia Barbieri, diz que a queda no movimento é pequena. “É natural uma queda no movimento, pois todo mundo precisa utilizar banco, nós mesmos como consumidores sentimos o reflexo da greve. Mas as vendas continuam boas”.
Alternativas:
Outro efeito da greve é a busca por parte da população por meios de pagar as contas. As cooperativas de crédito estão funcionando, bem como as lotéricas são opção para pagamento de boletos e contas diversas. “Mesmo sabendo que posso alegar greve dos bancos para justificar a conta atrasada, eu quis vir pagar aqui na Cooperativa e deixar tudo em dia”, diz Soraya Souza, dizendo ainda que tentou as lotéricas, “mas estão lotadas, com muitas filas”.
Em termos de consumo, as formas de pagamentos também foram impactadas. Conforme explica a gerente da Kadri Informática, Gildinéia Rodrigues, “houve aumento nos pagamentos realizados com cartões de crédito”. Segundo ela, o aumento é de 20 a 30% desde o início da greve.
Gildinéia ainda informa que não houve impacto negativo nas vendas, pelo contrário, já foi possível observar um crescimento nas vendas, reflexo da data. “O movimento na loja já aumentou. As vendas de produtos voltados para crianças tiveram uma alta de 10% apenas hoje, se comparado a um dia comum. Este ano esperamos que, ao todo, as vendas sejam 20% maiores que no ano passado”, afirma.
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