Presidente do Irã acusa ala conservadora de difamá-lo
O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, acusou nesta terça-feira seus adversários políticos de difamá-lo por impunidade e criticou a recente tortura de um estudante que passou um ano na prisão após insultá-lo.
Ahmadinejad, considerado um ultraconservador do regime iraniano, enfrenta neste momento uma ala de posições mais radicais que o acusa de desviar a linha do sistema teocrático e de ter permitido casos de corrupção.
"Não concordo com a tortura de um jovem por me insultar", disse Ahmadinejad em reunião com governadores provinciais, segundo divulgou nesta terça-feira o site da Presidência.
Peyman Aref, estudante condenado em 2010 a um ano de prisão e a 74 chicotadas por insultar o presidente, foi torturado dois dias antes de ser libertado, depois de cumprir a pena.
Após as eleições presidenciais de 2009, consideradas fraudulentas pela oposição, ocorreram vários protestos e milhares de estudantes, artistas e jornalistas foram detidos no Irã, centenas processados e condenados a penas de prisão e tortura, além da pena de morte, em alguns casos.
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