Justiça cassa liminar que evitava Kirin de assumir Schincariol
No começo de agosto, a Kirin anunciou a compra do controle da Schincariol por R$ 4 bilhões, mas os sócios minoritários do grupo brasileiro conseguiram uma liminar na Justiça barrando a operação.
"O efeito dessa decisão é um sinal verde para a operação. Com a queda da liminar, o contrato de venda (da Schincariol) é plenamente válido", disse Eduardo Munhoz, sócio do escritório de advocacia Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados, que representou os controladores Alexandre e Adriano Schincariol --que detêm 50,45% das ações.
Segundo ele, não há indícios claros se os minoritários --José Augusto, Gilberto e Daniela Schincariol-- vão recorrer da decisão. "Não é uma decisao judicial definitiva, mas era a instância que competia decidir", afirmou.
Uma matéria do jornal "Valor Econômico" em setembro relatou que a Kirin estava em negociações para comprar a parte dos minoritários por R$ 2,3 bilhões.
Munhoz disse não ter confirmação de tal negociação, mas afirmou que "a Kirin sempre apresentou uma postura amistosa e pacífica com os minoritários".
"Acredito, pela postura da Kirin, que ela chegue a alguma composição para aquisição (da fatia) dos minoritarios ou procure conviver bem com eles", afirmou o advogado.
A Schincariol --dona das marcas Nova Schin, Devassa, Glacial, Baden Baden e Eisenbahn, além de refrigerantes, sucos e água-- teve lucro líquido de R$ 54 milhões em 2010 e receita líquida de quase R$ 2,9 bilhões.
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