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Nacional
Terça - 11 de Outubro de 2011 às 09:59
Por: Marcelo Bastos

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Além de uma parceria criminosa para a importação de carros de luxo de forma irregular, a operação Black Ops, deflagrada pela PF (Polícia Federal) na última sexta-feira, desvendou um acordo entre bicheiros do Rio de Janeiro e estrangeiros ligados à máfia israelense para aumentar os lucros dos contraventores.

De acordo com o procurador Antônio Cabral, do MPF (Ministério Público Federal), os israelenses programavam as máquinas caça-níqueis para que os contraventores ganhassem mais e os apostadores cada vez menos.

- Eles trouxeram de Israel várias pessoas, técnicos que sabiam como incrementar o jogo para fazer com que o indivíduo perca mais dinheiro na máquina. Eles alteravam a máquina caça-níquel para otimizar os lucros dos contraventores. Os israelenses começaram a ser monitorados por causa de uma suspeita de atentado contra o bicheiro Rogério Andrade, em 2010, quando o carro dele explodiu e o filho e um segurança morreram. Havia a suspeita de guerra entre bicheiros, mas verificamos a atuação dos dois grupos.

O procurador disse que não foi confirmado se os estrangeiros ligados à máfia israelense recebiam comissão pelo trabalho com as maquininhas, mas os grupos criminosos também atuavam juntos na importação de carros de luxo. Já a comercialização ilegal de pedras preciosas era um ramo no qual apenas os israelenses atuavam.

- Está certo que eles contribuíram para o jogo. As atividades exercidas por eles eram diversificadas, mas boa parte do dinheiro do crime era lavado pelos negócios e usados na compra de imóveis. Verificamos até o uso de laranjas, pessoas com rendimentos baixos e com patrimônios incompatíveis. Os bens que foram bloqueados a pedido da Polícia Federal somam aproximadamente R$ 50 milhões.

 

Durante a operação Black Ops, 13 pessoas foram presas, entre elas dois israelenses ligados à máfia de Israel e três PMs do Rio de Janeiro, que faziam a segurança dos bicheiros. Dezenas de carros importados foram apreendidos. A quadrilha atuava no Rio, Distrito Federal e mais 13 estados.

Jogadores de futebol e cantores que compraram carros importados ilegalmente em lojas mantidas pela quadrilha poderão responder pelos crimes de contrabando e sonegação fiscal.

Assista ao vídeo:





Fonte: Do R7

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