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Terça - 11 de Outubro de 2011 às 07:34
Por: ALECY ALVES

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Promotora já iniciou sessão com pedido de absolvição de quatro dos 5 a serem julgados ontem
Promotora já iniciou sessão com pedido de absolvição de quatro dos 5 a serem julgados ontem
Apesar da exibição de imagens fortes, das vítimas sendo torturadas e queimadas vivas em praça pública, o Ministério Público não conseguiu sensibilizar os jurados e mais cinco homens acusados de envolvimento na Chacina de Matupá (695 Km a norte de Cuiabá) foram absolvidos.

Donizete Bento dos Santos, Gerson Luiz Turcatto, Paulo Cezar Turcatto, Mauro Pereira Bueno e Airton José de Andrade deixaram o Fórum de Matupá mais livres do que quando chegaram. Eles, que já respondiam pelas acusações em liberdade, agora não precisam mais prestar contas à Justiça, comparecer para depoimento, por exemplo.

Os cinco eram apontados como integrantes do grupo de moradores que torturou, ateou gasolina e queimou vivos três assaltantes: Ivacir Garcia dos Santos, 31, Arci Garcia dos Santos, 28, e Osvaldo José Bachinan, 32.

O crime aconteceu na manhã do dia 23 de novembro de 1990. Os três assaltantes invadiram uma casa e fizeram uma família refém, incluindo crianças e uma gestante. Eles se entregaram à polícia, mas os policiais seguiram com eles pelas ruas da cidade.

A promotora de Justiça Daniele Crema da Rocha exibiu o vídeo e, ao final, disse que os assaltantes se entregaram porque havia um acordo prévio garantindo que fossem levados para outra cidade, onde responderiam pelo crime em segurança. “Mas foram entregues pela polícia à população revoltada”, disse.

No início da sessão do julgamento, a promotora Daniele Creme pediu a absolvição de quatro réus: Donizete Bento dos Santos, Gerson Luiz Turcatto, Paulo Cezar Turcatto e Mauro Pereira Bueno. Ela avaliou que não havia provas nos autos da participação desses quatro no crime. Em seguida, pediu a condenação do réu Airton José de Andrade.

O julgamento começou às 8h e se estendeu até o início da noite, totalizando 10 horas de sessão, metade do tempo do primeiro júri do caso, realizado semana passada.

Os advogados de defesa dos réus, contrapondo aos apelos da promotora, sustentaram que a responsabilidade da chacina deveria recair sobre o Estado, precisamente as instituições da Segurança Pública, polícias Civil e Militar. Um dos advogados observou que foram os policiais que entregaram os assaltantes aos populares.

Dezoito homens foram pronunciados à júri popular pela Chacina de Matupá. Dos oito já julgados apenas um, Valdemir Pereira Bueno, foi condenado. Ele pegou 8 anos de prisão, mas poderá recorrer em liberdade. Santo Caioni e Alcindo Mayer, julgados junto com Bueno na semana passada, foram absolvidos.

No próximo dia 17, mais cinco acusados irão à júri: Luiz Alberto Donin, Elo Eidt, Mario Nicolau Schorr, Faustino da Silva Rossi e Elywd Pereira da Silva.




Fonte: Do GD

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