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Nacional
Segunda - 10 de Outubro de 2011 às 15:25

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Ex-comandante do 7º BPM é apontado como mandante do crime
Ex-comandante do 7º BPM é apontado como mandante do crime

O Ministério Público do Rio de Janeiro denunciou à Justiça por homicídio triplamente qualificado e formação de quadrilha os 11 policiais militares acusados de assassinar a juíza Patrícia Acioli, morta com 21 tiros em 11 de agosto, em Niterói, região metropolitana do Rio. A informação foi anunciada durante coletiva à imprensa nesta segunda-feira (10) pelo procurador-geral de Justiça, Cláudio Lopes, que reforçou o pedido de prisão preventiva dos PMs (ficarão presos até o julgamento).

O Ministério Público também solicitou à Justiça a transferência para presídios federais do tenente-coronel Claudio Luiz de Oliveira, ex-comandante do Batalhão de São Gonçalo ( 7º BPM), e do tenente Daniel dos Santos Benitez Lopes. Presos em Bangu 1, o tenente-coronel Cláudio é apontado pela Divisão de Homicídios, que investigou o assassinato, como o mandante do crime e o tenente Benitez seria o responsável por colocar o plano em prática.

De acordo com o promotor Rubens Vianna, da 7ª Promotoria de Investigação Penal da 2ª Central de Inquéritos, apesar de presos, Claudio e Benitez podem interferir no processo, por isso a necessidade de serem mantidos em presídios fora do Rio.

- O pedido foi feito porque os dois demostram periculosidade acima da média. E como são de patente alta, têm condições de influenciar na apuração dos fatos.

Entre o grupo, apenas um PM não foi denunciado por formação de quadrilha. Ele foi o último policial a ser preso e é acusado de apenas indicar o endereço da juíza para o tenente Benitez. Segundo o MP, o homicídio triplamente qualificado foi baseado em crime por motivo torpe, emboscada e por assegurar impunidade de outros crimes da quadrilha armada.

A anúncio contou ainda com a participação de promotores do (Gaeco) Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado.

No grupo dos 11 PMs denunciados, oito deles já eram réus em processos de Patrícia Acioli. Horas antes de ser morta, a magistrada havia determinado a prisão deles pelo assassinato de um jovem de 18 anos em junho. Apesar de os oito somarem 29 homicídios qualificados, até serem presos pelo assassinato da juíza, continuavam a atuar nas ruas, no GAT (Grupamento de Ações Táticas) do 7º BPM.

O tenente-coronel Claudio Luiz de Oliveira nega participação no crime. Dois cabos suspeitos aderiram à delação premiada e admitiram envolvimento no assassinato. A reportagem procurou os defensores dos outros oito PMs suspeitos e não obteve retorno.





Fonte: Do R7

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