Reservas indígenas em MT se destacam em desmatamento
Reservas indígenas de Mato Grosso consideradas Unidades Conservação aparecem entre as dez com maior extensão de desmatamento na área da Amazônia Legal, que abrange parte do estado. É que mostra a reportagem do jornal O Globo desta sexta-feira (7) na matéria intitulada ‘Proteção não garante floresta’.
Segundo a reportagem, a área indígena de Maraiwatsede, em Mato Grosso, é a campeã na extensão de desmatamento do bioma, com 997,7 quilômetros quadrados (Km²), ou seja, cerca de 70% da reserva desflorestadas. Outras terras indígenas em Mato Grosso aparecem na lista como as reservas Xingu com 1,8% (371,7 km²) e a Maroki com 18,5% (369,1 km²) da área total desmatada.
Ainda de acordo com a matéria, a área indígena denominada Maraiwatsede tinha sido demarcada 1.663,3 km² de reserva legal para o povo Xavante, que havido sido retirado da região na década de 1970. Contudo, as terras ainda seguem ocupadas por posseiros há 40 anos.
O Parque Nacional da Jurema, Mato Grosso, aparece também na sétima colocação das regiões de Proteção Integral com maior área desmatada, com 103,3 km² (0,6%) desmatado de toda a parte da Unidade de Conservação.
O texto diz ainda que a criação de Unidades de Conservação e a demarcação de terras indígenas não tem sido o suficiente para conter o desmatamento da Amazônia Legal, onde fazem parte do bioma seis estados e parte de Mato Grosso, Tocantins e Maranhão.
Os números divulgados pela reportagem são do Projeto Prodes, que monitora a Floresta Amazônica brasileira por satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), mostram que, a despeito do avanço nas áreas protegidas, o desflorestamento segue em curso.
Em 132 Unidades de Conservação observadas por satélite, o desmatamento avançou de 5.036 para 11.463 km² entre 2000 e 2010 – um aumento de 127,6%. Ou seja, em dez anos foram desmatados 6.427 km², mais do que toda área devastada até 2000.
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