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Segunda - 10 de Outubro de 2011 às 10:33
Por: Bruno Cassiano

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Reservas indígenas de Mato Grosso consideradas Unidades Conservação aparecem entre as dez com maior extensão de desmatamento na área da Amazônia Legal, que abrange parte do estado. É que mostra a reportagem do jornal O Globo desta sexta-feira (7) na matéria intitulada ‘Proteção não garante floresta’.

Segundo a reportagem, a área indígena de Maraiwatsede, em Mato Grosso, é a campeã na extensão de desmatamento do bioma, com 997,7 quilômetros quadrados (Km²), ou seja, cerca de 70% da reserva desflorestadas. Outras terras indígenas em Mato Grosso aparecem na lista como as reservas Xingu com 1,8% (371,7 km²) e a Maroki com 18,5% (369,1 km²) da área total desmatada.

Ainda de acordo com a matéria, a área indígena denominada Maraiwatsede tinha sido demarcada 1.663,3 km² de reserva legal para o povo Xavante, que havido sido retirado da região na década de 1970. Contudo, as terras ainda seguem ocupadas por posseiros há 40 anos.

O Parque Nacional da Jurema, Mato Grosso, aparece também na sétima colocação das regiões de Proteção Integral com maior área desmatada, com 103,3 km² (0,6%) desmatado de toda a parte da Unidade de Conservação.

O texto diz ainda que a criação de Unidades de Conservação e a demarcação de terras indígenas não tem sido o suficiente para conter o desmatamento da Amazônia Legal, onde fazem parte do bioma seis estados e parte de Mato Grosso, Tocantins e Maranhão.

Os números divulgados pela reportagem são do Projeto Prodes, que monitora a Floresta Amazônica brasileira por satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), mostram que, a despeito do avanço nas áreas protegidas, o desflorestamento segue em curso.

Em 132 Unidades de Conservação observadas por satélite, o desmatamento avançou de 5.036 para 11.463 km² entre 2000 e 2010 – um aumento de 127,6%. Ou seja, em dez anos foram desmatados 6.427 km², mais do que toda área devastada até 2000.






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